segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O Ninho

Não se vá, amor. Beija-flor. Minha flor, este ninho que com tanto carinho demoramos décadas para construir fica tão triste sem a tua presença. Beija-amor, depois do nosso trabalho de achar o país das maravilhas que têm essa cidade do Carinho onde com muito zelo construímos o ninho-flor na arvore-amor. Perdoe-me se hoje eu não lhe trouxe o que precisa, é que a nossa flor-amor foi roubada e o sustento de nossos filhinhos está em outro lugar que eu acharei, com certeza. Esquecera nossos filhos? O Amor, nosso mais velho bebê e do nosso querido Companheirismo? O filho do meio mais não menos amado. Sem falar no caçula, o maravilhoso Carinho, contemplado por todos. Nossos filhos-amor são perfeitos. Então volte minha flor, beija-me... beija-me, flor. Senão por mim, por eles, filhos que com tanto zelo tivemos. Bobeira fantasiar nosso ninho-de-amor, pois não só de amor vive nosso belo ninho. Mas, não ei de guardar rancores das mais variadas desavenças. A solidão que está neste ninho-flor ta tão forte que evito ficar dentro dele. Em cada centímetro disso que eu olho e não a vejo multiplica-se pelo nosso amor. Ou será só meu amor? Não me arrisco a dizer o que se passa na tua dura cabeça-flor. Este trecho acima é um apelo, amor. Volte, volte-me. Quero ter você aqui, neste amor-ninho. E não se esqueça de beijar-me. Beija-me... Beija-me.