segunda-feira, 23 de novembro de 2009

estou vivo

tem força demais nesse mundo
nem que o nó dos olhos confundam os ouvidos
nem que a dor do pé marca a noite cansada
mas eu corro e pulo do teto à calçada
sem meus sonhos de vida
nem fé, nem ferida
na feroz velocidade da pista
o vento... o rosto...
combinações perfeitas e nostálgicas de um dia sombrio
apague a vela com os dedos, sem queimar
apague o sol, da vida, da veia
sente o frio?
sente-se então, mas me ouça
no café,
nos jantares,
pense... cadê o frio?
no café, sinta... sinta
é subentendido suas metáforas, ambíguos pensamentos

é assim,
me sinto vivo assim, me sinto...
você se sente? se sente vivo?

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Bagunçando com palavras

Já faz um tempo que não sai nada da minha imaginação. Minha mente anda desanimada. Parece que desânimo é a pior das doenças. Não creio que isso persistirá por muito tempo comigo. Juro que não me esforço para que isso passe logo. Esse tempo desgastante que está ocorrendo comigo está me corroendo por dentro, me destrói... Sinto meu corpo rastejante implorando por algo útil, mas a única coisa que eu quero é deitar e dormir. Livros... já faz algum tempo não termino um. Insisto em ficar assim, não entendo. Eu quero mudar, quero eletricidade em minha vida, mas porra, eu não consigo mudar, me falta forças, me falta loucura. Isso não é para a eternidade, esses meus conflitos com minhas almas complicadas, horrendas às vezes. Não dá pra sorrir mais para momentos que não me fazem sentir prazer. Faltam-me motivos pra enlouquecer. Nem poemas, nem prosas. Meu caos imaginário não participa da minha vida. Quero a liberdade, mas eu não sei o que é ser livre. Eu não sei mais nada, confesso... Posso não passar de um asno, um quadrúpede irracional que gosta de bagunçar com palavras.