sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Socialmente desagradável
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
estou vivo
nem que o nó dos olhos confundam os ouvidos
nem que a dor do pé marca a noite cansada
mas eu corro e pulo do teto à calçada
sem meus sonhos de vida
nem fé, nem ferida
na feroz velocidade da pista
o vento... o rosto...
combinações perfeitas e nostálgicas de um dia sombrio
apague a vela com os dedos, sem queimar
apague o sol, da vida, da veia
sente o frio?
sente-se então, mas me ouça
no café,
nos jantares,
pense... cadê o frio?
no café, sinta... sinta
é subentendido suas metáforas, ambíguos pensamentos
é assim,
me sinto vivo assim, me sinto...
você se sente? se sente vivo?
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Bagunçando com palavras
terça-feira, 27 de outubro de 2009
O Beijo
Se não me enlouquece e me cura
Todo o mal são deixados
Todos os bens e alegrias são impostos
Não há bem assim, não há amor sem
A súplica dos teus beijos
Nos olhos serrados, fechados
O encontro dos lábios
Encantos, encantos
Cura do desejo ardente de amar
O beijo, fuga incessante do mundo
O beijo sonho incansável
A recíproca profunda fiel
No mundo não há nada como o beijo
O beijo da amada, o beijo de mãe
Beijo de proteção, adoração
Me interno na clínica do teu beijo
Se for louco achei meu tratamento
Seu beijo, o fim do meu tormento.
sábado, 24 de outubro de 2009
livres rosas? adeus
Podar do jardim as suas flores
Eles chegam e derrubam
Sem jardim, adeus flores. Adeus!
Liberdade, adeus. Eles chegam logo
Se foi o dia, se foi a noite
Exageros nos canos do rifle
Segura o gás lacrimogêneo
Adeus flores. Segure seu jardim
Adeus poesia e alegria
Segurem suas crianças
Os cavalos, a cavalaria
Foi-se o tempo de segurança e amor
Amor antes das 21 horas
Depois... Prisões, torturas...
Adeus liberdade, adeus rosas
Cadê o meu teatro? Não tenho peças
Eu me vou...
Jardim. Ame-o ou deixe-o
Suas flores nunca mais serão as mesmas.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Área de Radiação
sábado, 10 de outubro de 2009
brasiliando
nem no boteco nem no convento
me sinto livre, leve
e que a pena leve, levará
meu Brasil a deus dará
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Lua
Cabeças rolam, corpos desenrolam
Na luz da lua desliza a seda
Arrepio grande no frio da noite
É rolar os pensamentos agora
Amar o amor verdadeiro
Sentir a recíproca dos meus beijos
Nos seus olhos e seus braços
Seus passos são leves
Sem dó passarão por mim
Mas não pise, na luz da lua
Não pise, ainda temos a noite inteira!
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Olhos secos de um chorão
Os olhos arregalados sem lágrimas
Choros internos misteriosos
Mas não sussurra, corre
Como fotografias desbotadas
O tempo desnutriu a saudade
As lágrimas que nunca caíram, secam
Jorra dores, anseios.
O pensamento pasmo, o coração em pó
Não é mais sonhos, talvez real
Mas soluço os seus beijos
Enxugo o suor frio e vivo
Pela fraqueza ou pela paixão
Esses são os olhos secos de um chorão
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
À doce
Sorriso, beijos, afagos
A poesia espalhada nos lagos
Nos doces tons de azuis do céu
Boca de lado, estirada
Dentes claros, sorriam
Carícias, carinhos, abraços
Enclausurado só ao sol
Sol, sol, sol...
Formas simples dos desejos
Hei-a de me amar
Nesses versos meu amor
Nesses versos, sinceridades.
Hei-a de me amar. Hei-a!
domingo, 20 de setembro de 2009
Se amar
Minha doce alma terna
Se fosse feita de palavras, a mais linda poesia seria seu brilho
Se fosse feita de água, por mais doce que seja, seria o oceano mais belo
E o ar leve e simples que passa em meu pulmão... Você, doce alma
A natureza dos meus sorrisos,
Os sonhos
Súplices abraços
E os melhores beijos
Beijos
Uma pausa
Respiros ........
Me enche a vida
Sóbria morena!
Amar, amar e amar
Se mais... Amar!
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Desafetos
Putaquepariu
Sei-lá
Sei-lá
Parece não estar bem
O problema: Eu
Que fardo
Ou ossos
Eu e você
Há tempos
Há modos
brigas, fotos
Impossível esquecer
Pare o ar
Tire-me as águas
Entro em desespero
Posso existir
Sem rosto
Sem graça
Hoje eu vou...
Se voltar
Talvez nem seja eu
Mas posso ficar
Se quiseres o meu amor.
sábado, 12 de setembro de 2009
Porre
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Sol e Café
ouvindo Dylan e sua gaita
a tarde chuvosa ganha prestígio
no olhos o brilho da luz
e o sol longe
não mais clareia o dia
o começo de uma nova profecia
dizem que a escuridão é tomada
por demônios
demônios demônios demônios
interiores, não se vê
se sente no calor no inverno
mas logo chega o verão
mas o sol...
o sol ainda não chegou
e a chuva ainda me lembra o Dylan
e sua gaita com cheiro de café
e os meus olhos ainda brilham a luz
artificial,
pois o sol ainda não chegou...
domingo, 6 de setembro de 2009
Momentos Mortos
Naquele dia, chuvoso
Apenas o barulho das gotas
No surrado telhado
Você acordou hoje cansado
Quis um mundo só seu
E não foi possível
O fardo carregado
Das dores acumuladas
São demais para sua cabeça
Seus pensamentos maléficos
Seus atos insanos
Não se trata de loucura
Muito menos de doença
A questão é o cansaço
A fadiga do mundo cheio de regra
Sempre foi apaixonado pelo obscuro
Andando na chuva, o rosto molhado
Escorrem as gotas, parecem lágrimas
Mas você sabe
Há tempos suas lágrimas secaram
Mas a liberdade de sentir
A brisa da chuva no corpo gelado
É momento único e o tempo
O tempo que se perdeu
Seguindo todos, esse tempo
Não volta
Hoje você recomeça
E depois de uma noite de sono
Os sonhos novos se foram
Como a gota...
Que molhou tua consciência!
terça-feira, 1 de setembro de 2009
O Amor
Nos seus devaneios
Escreve escreve escreve
Ele sonha acordado
Pensa milhares de assuntos
As fórmulas escritas
Congelam o som de seus dedos
Cravam no lábio o dente
Os olhos se reviram
Em cabeças esparramadas
Os assuntos fluem
O vento traz o arrepio
O poeta escreve
Transforma o arrepio em verso
E não importa essa fórmula
A essência sempre é O Amor!
domingo, 30 de agosto de 2009
O Curupira Moderno
Junto com os pássaros o garoto acorda todos os dias ao brilho do sol clareando sua janela já aberta para o orvalho da madrugada refrescar seu corpo sem roupa, da mesma maneira que dorme, acorda e fica o dia inteiro. Seus pais não conseguem ter muita autoridade sobre o garoto que faz o que quer a hora que quer. Vive pegando as galinhas e os outros animais e aterrorizando seus habitats com seu jeito moleque de ser. Não tem muito convívio com outras crianças, frequenta escola, porém sem muitos amigos ele vive mais nas salas dos coordenadores e diretores do que em qualquer outro lugar. Mas não culpamos a sua falta de amigos para seu jeito de ser. Ele viveu sem regras seus 8 anos e agora o mais difícil é fazer ele seguir qualquer outra maneira de viver. Vamos dizer que ele vive como poucos nesse mundo moderno. Vive como quer, vive com a natureza e raramente o vimos doente, penso que até os vírus, bactérias e qualquer outra coisa que causa doenças leves não conseguem habitar seu corpo movimentado. Uma saúde invejável e uma liberdade são vistas em lugares como esse, que nos dias que estamos não achamos tão fácil.
Falando de liberdade podemos dizer que essa tal liberdade trouxe a ele muitos problemas, principalmente o de viver em uma sociedade “comum” e ter os ensinamentos que ma criança de sua idade deve ter. Mas o lado bom de ver um garoto como esse, nativo, não um índio, impossível ser um índio, mas o garoto chega muito perto disso, com seu convívio natural e seu jeito de ser. Longe dos videogames,computadores e influências de televisão e ilusões feitas por programas totalmente comerciais para alienar nossas crianças de hoje. Crianças que ao ver todas essas ilusões e a realidade de seus pais, se comportarem como legítimos “revoltados modernos”. O nosso curupira longe disso tudo não consegue perder 10 minutos vendo tv, mas ganha horas e horas andando descalço e realmente vivendo a natureza dos bichos e ele não é selvagem, ele só vive como quer e o bom desse convívio de que ele pode passar um pouco do que é viver de verdade para seus pequenos e poucos amigos. Quem sabe essas crianças no lugar de ridicularizarem o “garoto-da-roça”, passam a admirar seu modo de viver e ver as coisas, um modo natural e com os olhos de falcão vendo agora o mundo fora de seus matos e terras. Ele se sente com nostalgia do mundo, mesmo muito criança ele já entende que o verdadeiro viver é o dele e quando vai chegando o horário de ir embora seu sorriso vai florescendo e seus tênis desamarrando, logo ele estará junto de seus animais e respirando o ar que todos precisam. Simples ele tem mais vida do que todos nós.
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Faz alguns dias que não posto. Não é falta de idéias, juro.
Esse final de semana eu fui ao rancho e esse texto foi inspirado em um garoto que mora lá perto.
90% do texto é verdadeiro e o restante são idéias e ficções minhas.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
-sem título-
Gosto de escrever... Eu gosto dos gostos simples...
Gosto que entendam meus pensamentos.
Formas diversas de pensar expressadas nas letras
Nos versos livres, nas embaraçosas linhas.
Não lido, me quero no papel outra vez.
Mal lido, me cobro a caneta outra vez.
Esboço sorrisos nos rostos dos leitores,
Amores, dores, corações, sonhos e desejos
Papel, caneta e letras.
O homem oculto por trás da tela escreve
É com o coração, e suas fontes... Ah! Diversas,
Rastejam pelo seu cérebro querendo um pouco de espaço.
Os olhos rubros do sono elucidado pelas 30 horas acordado
Sons ainda batem nos ouvidos,
Na música a vontade de escrever.
No sono... a vontade de sonhar.
Prazer, esse sou eu e a minha louca necessidade de um papel e caneta!
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Cicatriz do Destino.
Gastando os brilhos de seus olhos
Ela procurou,
Cadê teu Adão?
O mundo, como ela queria
O mundo...
O amor como ela quer,
Não acha.
Simples dor, enlouquece
Não termina como uma história
De filme...
Não se sente bem para esquecer,
Esquecer que a felicidade nunca,
Nunca está ao teu lado
Ela pula... Caindo ela vê tua vida
Em dois segundos,
Avistou um longo caminho escuro
Triste, esborrachou-se no chão
E o mundo que admirara não a viu
Sua vida esgotou, fim da linda...
Os olhos fecham, sem dor ela sorriu
Viver e morrer sem seu Adão,
Teu destino foi esse, e o ponto final
Ela que colocou!
domingo, 23 de agosto de 2009
Chuvosa Tarde
A água da chuva cai
Como as lágrimas do céu
Não sinto nada,
A alegria do caminhar
Com os pés descalços
Sentindo o chão gélido
E ao se preocupar comigo
Realizo todos os desejos
Seus abraços, seus lábios...
Seu beijo.
O eclipse nos meus olhos
Denunciam o amor prodígio
O amor que por ti
Acaba de me transformar
Em vento.
O vento frio que
Arrepia e congela sua espinha
O vento que te traz a lembrança
Dos abraços, dos lábios...
Do beijo.
A arte de amar é insuperável
Amar é assim,
Ser feliz por tudo,
Brigar e reconciliar
O reflexo da sua companhia
É como a unha cravada na pele
Intensa e fervente lembrança
Moribundo eu me sinto ao se despedir
Não se despeça mais, então
Sem precisão, o amor basta
E nessa tarde chuvosa
Seu abraço e um sorriso
E com mãos dadas o guia é
O coração!
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
A Janela da Vida
Sentado no chão apoiado na cama rota fazendo o que mais gosta: Escrevendo. Levantou com os pés descalços e foi fechar a janela e olhou a rua, viu o mundo todo ali, em um quarteirão apenas. Com um ar de desconfiança ele reparou em tudo o que pôde, pensou que seus pensamentos jamais se encaixariam aos daqueles tantos seres distintos, mas tão comuns ao mesmo tempo, causando estranhas impressões. Não havia nele um desprezo por todas essas pessoas, havia um certo receio por todos os que viviam superficialmente.
O mundo inteiro passou em sua mente, pensamentos sobre tudo o que ocorre nas diferentes civilizações. Exausto de problemas e sua cabeça, o garoto já cansado do marasmo. Pensando que não fez nada de mal a alguém na tua vida, mas também não fez nada de bem. Tristes pensamentos de que não fez diferença alguma a vinda dele pra esse mundo, talvez o início de tudo, ou o fim... Os mistérios da vida são complexos demais pra serem descobertos, pensou ele o que seria da morte. Nostálgica tarde, pensamentos triste, ruins. Mal agouro em seu peito. As lágrimas pesando toneladas escorreram por seu rosto liso, brilhando, refletindo os holofotes do mundo e o garoto, simples sonhador e agora tão triste criança, fez desse minuto um mundo só seu, contemplando os segundos. Tratou a imagem que tão machucava seus olhos, virarem paisagem. Cansou-se de dores solitárias. Com seu sangue fervendo jurou fazer a diferença, com seus punhos cerrados socava a parede a sua frente até sangrar suas mãos e aí pareceu o começo de uma nova vida. Mas, seus sonhos distantes de sua realidade de filho de comerciantes-sem-sucesso o limita à apenas poder desejar conhecer e mudar o tudo. Toda a sabedoria do mundo ele guardava nos livros de sua estante. E todos os sonhos distantes eternizaram-se no coração do garoto. Baixando a cabeça, viveu aqueles minutos, viveu como quis. Ajoelhou e chorou e desejou a felicidade, quis correr do inferno visto pelos seus olhos e apenas pôde aqui escrever essas humildes palavras, e que elas apenas mude você, leitor. As lágrimas ainda me escorrem o rosto e meus dedos doem, a caneta toma seu rumo e se você aqui sentiu a identificação, fuja então do mundo. Existe algo melhor para nós.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Casual Solidão
Poesias fazem parte de mim
A caneta já sem pegar de tanto uso
Denunciam as carências de minha n noite
As noites caladas agonizando uma companhia
A falta de sono por culpa do tédio
è apontada para a xícara de café
E a mão suada nesse inverno, ansiedade
O relógio parado declara a madrugada
A madrugada calada declara a solidão
Palavras como refúgio do poeta calado
A aurora é a porta do esperançoso
O vindo doce clareando a vida desabada
Desnecessárias as águas jorradas dos olhos
A impressão causada pelo portão fechado
Incomoda a vida do curioso.
sábado, 15 de agosto de 2009
Inconsciente
No meio fio
Até a morte,
Calafrios,
Emaranhando os cabelos suados
Jogados aos olhos
Nus e puros...
O Relógio já parado,
Bate como meu coração sem você.
Ausente vida, simples e dolorida.
Hoje então,
Morte.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Quero os desejos teus.
Em mim desvenda um amor
Que nunca sonhei ter.
O tesão classificado no mar
De tua boca.
Me fez amar,
Senti-me feliz, juro.
Leveza essa que encontro
Ao mirar os olhos teus.
Ternura,
Simples desejo insano.
Sonho louco, num livro
Mágico. Num sonho louco
Desdobrando paixões
Revestidas de santidade,
Louco, como o sol
Que te queima a pele.
Prazer, como poesias e canções
Em meus ouvidos,
É assim, meu doce preferido
Seus beijos, seus olhos...
Minha vida.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
De braços abertos, corre e vive.
Solitário ele não precisava de muito. Suas roupas já esgarçadas, seu tênis que não tinha mais solas, algum dinheiro no bolso apenas pra comida, disposição e o principal: LIBERDADE.
Celular ele queimou, o carro e a moto nem ele mais sabe onde estão. Jogou tudo o que conseguiu até hoje para o ar. Cansou-se do marasmo, se cansou da rotina, maldita rotina. Quis surpreender a si mesmo quando decidiu viajar apenas com suas roupas e o pouco dinheiro. Para os amigos e família ele só disse: “Até logo, irei seguir meu caminho e talvez um dia eu volte”. Ele, simples e desajeitado foi pedindo carona para qualquer lugar. Sua cabeça se focava apenas em experiências novas e alucinantes. Nas noites escuras e frias ele precisava apenas de uma caneta e qualquer pedaço de papel. Dizia ele que as palavras tinham poder. Passava tempos e as pessoas sentiam falta dele e ele a única falta que sentia era de uma boa cama, nada mais. Ele dormia em albergues baratos, às vezes na barraca de lona... Sem contar nas noites que passou viajando nas carrocerias dos caminhões. Nunca havia se sentido tão completo, ele agora vivia como queria, falava sozinho, corria e algumas vezes ele arrumava bicos em fazendas, tudo pela experiência. Ele queria viver ao contrário dos jovens da idade dele que só queria baderna. Ele queria é ter uma vida repleta de emoções verdadeiras, e deixou coisas passageiras de lado apenas para viver assim, sem rumo e feliz.
Em seu diário, que mais parecia um caderno de rascunho de tantos rabiscos e desenhos, ele escrevia todos os dias, sem compromisso, sem enfeites, sem querer relatar isso a alguém. Palavras ecoavam em sua cabeça, na ponta da caneta eram transformadas, em uma passagem ele disse: “Existem coisas na nossa vida que sabemos apenas quando passamos por momentos ruins, momentos em que você desejava apenas um banho quente ou aquele carinho da pessoa que gosta e não tem nada disso, momentos que guardam magoas e desprezo pela mísera vida. Não acredito mais em tudo o que vejo. Quero vida de verdade, quero correr, correr, viver, ser feliz... Cantar sem ninguém me julgando, brincar, pular e conversar a qualquer hora da madrugada. Minha vida sempre foi cheia de compromissos, horários e tudo mais. Eu vejo em mim muito mais do que qualquer coisa que eu vejo nos carros e roupas importados, vejo um sonho, uma vida... Vejo um calor imenso de sabedoria que eu ainda estou atrás. Vejo em mim o que eu gostaria de ver em todos. Quero um pouco de loucura pra transformar minhas razões e quero razões para ter mais loucura. Quero uma cabana numa ilha, uma água, quero sol e ar. Não preciso de muito, quero sorrir para mim mesmo. A saudade bate, a dor da ausência é forte. A razão de estar saindo daquele senso comum de ter uma casa na melhor avenida ou ter aquele carro do ano, não é pra ser diferente, é estilo de vida, é meu estilo. A vida na sociedade é cheia de regras e a minha regra é ser feliz. Eu quero correr... Correr...” Graças a esse delírio repentino de sair do até então seu “mundinho sem sal nem açúcar” ele deixou mais uma mensagem no seu diário: “Que bom se todos ouvissem minhas felicidades por aí. Eu estou feliz, a saudade bate... Mas não posso voltar agora. Vivo aos olhos da lua, e na lua eu vejo que o amor que eu desejo é o amor de me amar. E por enquanto eu estou me amando, amo todos os outros também, mas eu me quero nesse momento... Um dia eu volto, claro. Mas por enquanto eu corro e corro.” Enquanto o mundo quer salvar o planeta ele quer seu universo, todo dele, que ninguém mais pode ter. Ele volta claro... Mas ele corre... E corre.
Doce Sedução.
arrepios, sonhos e desejos.
Seu cheiro que não sai dos meus pensamentos,
eu sonho essa eterna realidade,
eu quero essa real eternidade.
Sua pele junto a minha,
arrepios.
Seus lábios sombrios,
seu rosto esboçado na escuridão,
arrepios.
Seus olhos que na infinita noite
ainda brilham,
são como chamas.
Aquecem meus sonhos reais,
nessa louca brisa noturna,
me abrace sempre
nesse oportuno amor fervoroso.
Felicidade,
pois viver essa doce sedução
é meu sonho mais real.
domingo, 9 de agosto de 2009
Segredos Lacrimejados da Madrugada.
Você quer ser diferente, mas sua mente não deixa. Você quer aparecer e crescer, mas desenvolvimento em você não existe. Você tentar deixar impressão, você sonha ser notado... Você não passa de um coitado. No fervor do dia, em cima da cabeça de todos. Não aos olhos, mas aos sentimentos. Seu gosto de chuva acida descendo pela garganta é nostálgico. O desprezo causado por todos que o percebem é enorme. Sua mísera matéria psicológica não causa efeito. Triste e verminoso. Não pertence a raça nenhuma, parece que não conhece o mundo. Leva a sério apenas futilidades. Deixe de lado ao menos um dia seus medicamentos frutíferos. Pense ao menos um dia em tudo o que você causa, ou tenta causar. Você não foi fecundado por gênio algum, você não gera desconforto quando dorme.
Você não merece mais um minuto de minhas palavras, e os leitores não mereciam ter lido isso.
Tente não nos incomodar mais e adeus, Olhos Lacrimejados.
sábado, 8 de agosto de 2009
Nos sonhos, debutante.
se sou.
Não quero amor,
nem dor.
Agonizante paixão,
não me ordena...
Não me condena.
Café e papel,
caneta,
carrossel e... céu.
Só palavras doces,
para adocicar os dias de sua ausência.
Dias vazios, de sábias poesias,
jogadas ao vento, ao esquecimento.
Não sinto seu sorriso,
oportuno sorriso,
simples e singelo,
deslumbrante, morena debutante.
Como o cometa,
passageiro...
Como o cometa,
inesquecível.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Memória em Desalento.
na cadeira, no canto da sala,
observando você,
nas fotos, é claro,
amor.
O bater das asas do pássaro verde
estremeceu todo meu corpo,
como se fosse mágica,
ânsia para que chegue a chuva
aliviando a dor da ausência,
um livro,
tristonho e objetivo.
Consciência dolorida e,
sonho...
porque não fui contigo?
Triste desatino,
seus lábios doces
não estão juntos aos meus,
triste desencontro.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Dores, Receios e Prisões.
Uma lágrima no meu rosto...
Uma saudade no peito...
E um frio na barriga, enfim... Amor.
Chuva no parque abotoando saudades.
Saudades no peito amontoando amores.
Não vivo um dia a mais com essa dor.
Sem você aqui, tudo é escuro como a nuvem pesada de lágrimas.
Morde o dedo, aperte os dentes. Força, feche os olhos e sonhe.
Não volte ao recinto coberto de teto colorido.
Sonhei, acordei... Sem você aqui eu enlouqueci, enlouqueci...
A cor do céu escuro com você me abraçando é lindo.
O céu com cor azul sem você aqui é triste.
Arco-iris, nuvens, flautas...
Caminhos, destinos, frutas e arvores.
Você, eu, amor e eternidade.
Não quero mais do que isso.
Mas essa saudade dói... Dói.
Esse tempo sem você é rude.
Não há mais quem me segure nessa prisão interior.
Nem receios e nem dor.
Estou indo, meu amor. Me espere no portão.
Me beije e nunca mais me largue.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Entediante Noite Silenciosa.
Morto, dilacerado pelas bombas de meu coração e minha cabeça. Essa inquietude que de mim toma conta está apodrecendo a minha, já pouca, energia.
A melodia que está em meus ouvidos essa noite, não tem pé nem cabeça, me confunde, me correi... Mata-me.
Não preciso de lágrimas para lubrificar a minha mente. Preciso de palavras pra acalmar meus pensamentos. Quero mudar, ser apenas um peso não significa nada...
Estou cansado de “querer fazer”, eu vou fazer... Estive pensando em meus diversos desejos... Talvez o maior de todos seja o de ser útil.
Sou o maior usuário dos meus pensamentos e serei o eterno refém dos meus receios.
Não quero ser notado, nem taxado, não quero crescer e nem parar no tempo. As minhas gavetas abarrotadas já não marcam a hora do meu recreio e minha lancheira embaixo da cama já cheira a mofo. O travesseiro sem mancha de baba denuncia a minha falta de sono.
Pra falar a verdade já não quero mais dormir para me acostumar com a inquietude. Quero prosseguir daqui, do topo desta montanha, abrindo os braços para sentir um pouco do que os pássaros sentem assim eu descobri o quão nós, meros seres humanos, somos.
Receio que o mundo precise mais de pássaros do que de humanos.
Mas mesmo assim não deixarei de sonhar... Não deixarei de me encantar... Nem de sorrir, chorar e cantar. Meu canto, seu sei que não é digno de admiração. Meu canto é apenas uma libertação da rotina silenciosa.
Silêncio que encanta e mata. Silêncio da sabedoria e da ignorância, do desprezo e do apresso...
Mas tudo têm silêncios. E meu silêncio de pausa agora... ETERNO.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Seu descaso, seu fracasso.
Por onde eu fui e passei sempre existiu você, existiu... passou. Adeus.
Eu acordo todos os dias, tento te ver mais só vejo a cama desarrumada e como sempre você não está lá. Isso me dá força para que cada dia a intensidade do meu “boa noite” seja menor, e você eu estou esquecendo, JURO. Confesso que poderia até lutar por você, mas me deixar assim bem no ápice do meu amor foi a pior dor que eu já senti nesses meus 20 anos de vida. Você me pediu sossego e eu te dei. Sofri, chorei... Mas não perderei mais tempo e trancarei a porta, pois cansei de suas mentiras e injúrias.
O sofrimento que você me causou, meu bem, pode me acompanhar todos os dias e ainda posso olhar e sentir a sua falta na minha cama, mas não precipitarei indo atrás de você. Dei um basta nesse amor inútil. As luzes da minha vida não são mais clareadas por você e o holofote do meu coração desvia quando te vê.
O silêncio de sua ausência me faz mal e por isso hoje prefiro o ruído do telefone mudo a sua voz. Sonhei um dia em roubar você pra mim, mas não perderei um minuto com planos pra te ter, e, quando você precisar de um amor de verdade só dê uma folheada em algumas páginas anteriores de tua vida e vai ver que o amor que eu te dei não era medíocre como você disse no nosso adeus. E aposto que quando perceber isso eu já serei feliz e você não vai passar de vagas e boas lembranças de uma paixão passageira.
Por onde eu fui e passei sempre existiu você, existiu... passou. Adeus.
sábado, 1 de agosto de 2009
Remetente Imaginário, Destinatário Óbvio.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Prostíbulos Mentais.
Eu não direi a você que a amo sempre que essas palavras vierem a minha cabeça. Não quero lhe causar nostalgia ao ouvir a minha voz. Uma vez me disseram para escolher entre acreditar no amor ou no sofrimento. Eu quero acreditar nos dois. Pois eu sei que as impaciências de minha alma trarão sempre formas sofridas de um grande amor. Não sei necessariamente se você merece o afago de minha mão ou se merece o calor do meu coração. Na verdade você me deixa sem eira nem beira. Talvez não mereça um minuto de minha atenção. Não sei se quero pagar pra ver. As vezes quando penso em você ocorre em mim diversas revoluções internas apenas pelos meus conflitos psicológicos entre a razão e emoção. Eu ainda não vi em pessoa alguma a imagem de um amor feliz e não sei se em você eu consigo ver alguma imagem, sequer um sorriso de desprezo. Talvez alguns anos atrás eu fizesse de você um desafio para minhas conquistas internas, não para me tornar feliz amando-a e sim para me tornar feliz comprovando que o que eu quero eu consigo. Mas hoje eu não sei se apenas a sua alma sedutora e seu jeito meigo de tratar as pessoas é o suficiente para fazer meu ego ficar sempre alto. Não sei se confiar em você é morte ou vida. Esperar pelas astuciosas traições está fora do meu controle, não sei se seria capaz de ficar sossegado amando alguém que pensa mais no seu fio de cabelo que aos poucos ficam brancos do que em alguém que a ama. Não te culparei por ser assim, pois talvez a sua história de vida tenha trazido a você tantos sofrimentos que hoje em dia você não quer mais saber de história alguma. A natureza de seus olhos infinitos não me mostra sentimentos qualquer e esse seu espírito de mal me quer está tomando conta de quem está a sua volta. Não sei mais se te quero assim como te quis. Espero que você não me leve a mal. É que a única evidência que eu tenho de que você me ama você deixa sempre na cama em que acabamos de fazer amor. Não sei ser mais um capacho, não quero ser objeto. Diz que me ama e olha no fundo dos meus olhos antes que eu a deixe para viver de vez a minha vida e não pense mais nesses medos que me ronda todos os dias.O puro e atencioso amor que eu quero eu posso encontrar em você, mas sinto que sendo esse ser que não sei distinguir que você é, não vai mesmo me fazer feliz. Te quero de uma forma que nunca quis um outro alguém. Você talvez me vê como nunca viu alguém. Mas não sei ao certo o que você pensa sendo que as poucas palavras que eu ouço de sua boca é: Se vista, me pague e volte amanhã.
terça-feira, 28 de julho de 2009
"Lixeira Psicológica" - Infelizes Ligações
Pobre criança que não sonha na maldade, tem medo da vaidade, mas é tão vaidoso quanto a um idoso que com seus cremes para o brilho dos cabelos tornam-se inúteis, talvez, para seus netos que precisam de histórias e não de vídeo-game.
Pobre pássaro que montou seu ninho em uma nua arvore. Vão derrubá-la e essa não é vitima do desmatamento, está é vitima do abandono. Descaso com o pássaro que ali cuidou para que seus filhos vingassem e não precisou guardar o dinheiro da labuta e sim guardar o amor para aquecer o fruto de seu ventre. Pequenos e tristes, já. Tão já que não chegam a quebrar as cascas sem serem quebrados pelos “cascas-duras”.
Maldito seja o morcego! Não. Não esse morcego animal. O morcego que suga nossos sonhos, mas está acima de nosso alcance. Maldito seja! Infeliz que sem um passo faz a zona em seu espaço e mesmo assim é impune perante a lei. Até que provem ao contrário que, diga-se de passagem: NUNCA.
Infelizes ligações entre animais e ANIMAIS. Saiba que você não é mais do que o garoto ali, na janela da sacada.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
"Má Inclusão Digital" – Atraso secular.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
“Lixeira Psicológica” – Sem dó, nem piedade.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
"Lixeira Psicológica" - Apenas um desentendimento.
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Obs: Dramatização escrita para minha consciência e não para você, Okay?
terça-feira, 14 de julho de 2009
Passageiro.
Fez florescer em mim o que ninguém pode ver.
Mas por que agora? Por quê?
Eu senti, talvez sinta.
Não sei. Acabou? Talvez...
Sua tristeza está além de minha mísera mente.
Não me afeta, não. Continue...
Pare! Não sou tão criança assim, me deixe pensar.
Você não me faz sorrir, pior, você não me faz feliz.
Na verdade eu não quero ser feliz.
Quero viver, sorrir... Caramba! Não pode ser difícil assim.
Sorrir sem estar feliz é a beleza da contradição.
A fuga da tradição.
Ah! Você pode fugir, uai. Sabe onde eu estou. Se ligue.
Você não sabe o que é mentira, deu pra ver em seus olhos.
Não me beije sem paixão, pare. Cansei disso.
Não posso mais ser apenas um objeto de seus desejos.
Eu sou humano, infelizmente... Não sei...
Não sou uma merda de robô, e, eu quero viver.
Agora quem vai fugir sou eu.
Não se derrame no desespero, porque eu não faria isso.
Não fale isso... eu não sou frio.
Eu não calculo as dores que posso causar.
Não seja sensacionalista, por favor!
Sem drama, isso não é novela. Pare!
Suas lágrimas doces já não me fazem diferença.
Eu sei o que você sente. Chega a me dar nostalgia.
Não, minha intenção não é te destruir.
Estou sendo apenas metade do que você foi pra mim.
Não! Não estou me rebaixando... Apenas te digo:
Você passou e fez nenhuma diferença na minha vida.
É assim, sim. Simples. Você não foi mais do que um vagão perdido.
Você não vale mais do que uma noite de prazer para mim. Passou.
Desculpe, eu sou sincero. Amor não existiu.
Um dia eu disse que te amava? Não!
Você sabe que não. Deixe de demagogia.
Não venha me abraçar, eu já disse. Isso não é novela.
Você me deu prazer, foi bom. Adeus.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
"Lixeira Psicológica" Desligando-se da tomada do rebanho.
As pessoas, quanto mais educadas intelectualmente, mais coisas elas vão ver e podem assim definir seus pensamentos tendo ou não influência de outros pensamentos. Você pode acordar hoje e definir o que você quer fazer no mês inteiro de suas férias e daí na hora em que você for dormir você pensa e vê que não é o certo a se fazer, e isso é bom, ao menos você pensou. Essa mudança de idéia ou intuição, isto é Yin Yang, ou a busca intensa pelo equilíbrio interior e exterior. Temos que entender os dois pólos de tudo, assim manterá esse equilíbrio. Isso está altamente relacionado à padronização de sua vida e, se você não tiver isso, com toda certeza você vai conhecer só um lado e vai estar "roboticamente" conformado com qualquer e, talvez, uma péssima decisão influenciada pelo que você não pode nem ver, ou seja, a extrema força do mundinho alienado. A nossa grande doença.
Aqui fica a dica, só não deixem de "ouvir com outros olhos".
quinta-feira, 9 de julho de 2009
1° da sério "Lixeira Psicológica"
Acho que essa palavra expressa lindamente o que estou sentindo. Quanto vale uma decepção? Vale muito então tente não se decepcionar, merda. Impossível, se você se da ao luxo de confiar em alguém acaba sempre fodido. Se for assim, que se foda primeiro... O que me fascina nessa porra de mundo é a cara-de-pau desses seres-imundos-humanos. Covardes ignorantes que não mostram a verdadeira face. O mundo é um grande "Reality Show", mas as câmeras são escondidas e mostram apenas faces desfiguradas e distorcidas pela poluição psicológica. De certo modo o mundo está infectado, então quem irá nos socorrer? Chegou a Era de Aquarius, o que vocês acham, grandes leitores, até a mídia mostrou isso e vocês não compreendem? Ah! Então não compreendo mais nada e acredito que... Se morressem todos e implantassem na Terra seres mais evoluídos ao menos acho que a Terra seria mais util. Os grandes estão apagados ou deixados de lado. Será que eu estou predestinado a estar errado assim? Será que só eu penso assim? Não sei muito bem se estou errado nessa merda!
"...faça você mesmo, não perca tempo, perca peso, anuncie aqui, não fale com o motorista, concorra a muitos prêmios, visite o seu dentista, renove sua assinatura, peça um meque lanche feliz, repita comigo: faça o que você sempre quis, repita comigo: faça o que você sempre quis (estribilho)” Sabe uma coisa? Já sabemos que saber ocupa lugar – mas isso não é desculpa: tem lugar de sobra, meu! Põe essa cabeça pra funcionar!"*
Coloque essa cabeça pra funcionar ela são é feita só pra você ir gastar seus trocados no cabeleireiro. Use um pouco desses milhares de neurônios, se é que há isso ainda em seres-humanos. Não queira abrir sua cabeça com a bala de um revolver, cara! Não há suicídio que não se cure com um bom trago em uma boa cerveja, muito gelada de preferência!
Amanhã é outro dia e talvez, quase sempre, vamos deixar o dia de hoje e ver o jornal hoje de amanhã e então sua cabeça se enche de preocupação e você cura comendo um mc lanche feliz. Fácil, né, não?
* Trecho do Livro Nossa Senhora da Eutanásia do grandessíssimo meu caro Mauro Bartolomeu
terça-feira, 7 de julho de 2009
Um sonho!
Estava eu no meu lindo e maravilhoso tapete voador, meio irreal, mas era sonho. Olhava bem lá do alto e via tudo o que queria, e algumas vezes minha visão ultrapassava as paredes. Acho que pelo fato de estar ao lado da lua a podemos fazer tudo, talvez, quem sabe. Faz de conta que eu quis separar tudo o que estava acontecendo de ruim e por um momento queria ver só o que ocorria de bom. O fato é que eu só consegui ver pessoas dormindo! Será que as pessoas só fazem algo de bom, de coração mesmo, dormindo? Quis em um minuto olhar o que estava acontecendo de ruim... Ah! Impossível, eu não consegui distinguir nada.
Pensei, já que eu via o que queria, talvez se eu olhasse bem no fundo da alma de algumas pessoas pudesse ainda sentir um pingo de esperança. Claro, há esperança, eu consegui ver tantas coisas boas que não são feitas por barreiras totalmente supérfluas. Eu vi também que todos são crianças, todos precisam de uma base e quando a perdem ficam desesperados e é até bonito ver alguém implorando essa base, pois no fundo todos sabem que vão ter e as vezes implorar é bom, porque só ai vai dar o verdadeiro valor. Sei que pessoas precisam apenas de amigos verdadeiros e que lhe aconselharam de verdade, mas se no coração desse amigo houver amargura ele nem sempre aconselhara da melhor forma. Por isso conheça teus amigos como a ti mesmo, se não der, tente o mais perto possível disso.
- Ahhhhhhh! - Estava caindo muito rápido e nem notei que embaixo de mim não havia mais tapete... - De repente abri os olhos e lá estava, salvo e aconchegado no teu coração!
Amo te amar!
domingo, 5 de julho de 2009
Orgias Neuróticas
Olho em tudo a minha volta. Estaria eu procurando refúgio? Não sei nem o que escrever, não sinto inspiração. Tá, talvez eu nunca soube o que escrever. Já pensou em um abismo? Tentou escrever sobre ele? Ah! Pára. Eu não sou assim. Abismo? Morte? Deus? Não sei. Tudo é diferente para cada pessoa. Devo realmente estar passando por uma grande "Orgia Neurótica", talvez minha grande vontade de ser grande me deixa cada vez mais um bebê, ou talvez eu seja grande. Não sou um Super-ego, não me acho nada, eu sou nada. Olha a grandeza desse imenso mundo, como um ser humano pode ser alguma coisa? Desculpa "Ecce Homo", Nietzsche e alguns pensadores foram. Não me inspiro em tais, apenas reconheço pensamentos comuns guardados comigo, pois sei que muitos não compreenderiam e muitos iriam com um certo pedantismo me julgar e isso eu não aguento mais.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Cuba! O que eu aprendi?
Acredito no bem que essa viagem me fez e agradeço aos que me deram essa oportunidade.
“Solitária, entre gigantes. Causadora de inveja e criadora de inimigos egoístas, assim sou eu, A Ilha, A Pra Sempre CUBA.”
domingo, 10 de maio de 2009
Diário da viagem do meu sonho.
Espero que gostem deste breve relato. E acreditem eu fui imparcial em minha escrita. Se querem um conselho meu aí está: Vão à Cuba, e vivem o país.
Dia 28 – Primeiro Dia
Primeiro dia é foda, não é? Saímos de Ribeirão Preto as 10h30min, paramos apenas no posto de Limeira, compramos lanches e fomos comendo no carro pra ganhar tempo e dar para ver o filme Che – El Argentino. Chegamos a São Paulo às 14h, transito do inferno. Quase perdemos o filme, ainda bem que não perdemos, chegamos e já estava passando os trailers. Bom, o filme dispensa comentários, bom demais.
Após a sessão pegamos novamente o transito dos infernos novamente, como é estressante aquilo. Deixamos o carro estacionado e fomos dar uma volta a pé e achar lugar para jantar. Andamos muito e achamos apenas uma padaria bonitinha e que servia uns pratos gostosos. Passamos ali uns 40 minutos e depois fomos pegar aquele transito de novo e ir para o estacionamento deixar o carro para ir ao aeroporto. Chegamos ao aeroporto e ficamos muito tempo esperando o vôo.
Enfim, o avião. Para mim foi bem legal, primeira vez é tudo bom não é. Ver a cidade de São Paulo do alto a noite é muito da hora.
Bom, aqui estou agora no vôo e tentarei dormir, pois o amanhã é longo.
“A Saudade só é compreendida por aquele que a paixão é maior do que a razão.”
Dia 29 – Segundo Dia
Pousamos no Panamá, ficamos rodando no freeshop umas 2 horas. Em meio a produtos variados e de primeiro mundo, eu com dinheiro na mão não senti vontade de gastar. Não lembro a hora exata, mas era mais ou menos 10h (local) quando embarcamos ao avião que nos levará a Havana. Não tenho muito que escrever, estou com muita dor de cabeça, rachado de sono, mas não durmo fácil, pois sei que está chegando, ansiedade e curiosidade tomam conta de mim. Fico imaginando como será. Será que vou superar minhas expectativas, vou me decepcionar, pois pode não ser tudo que pensei, vou me surpreender, pois tudo pode ser o mais incrível possível. Não sei, ainda não cai na real, só cairei quando pisar no aeroporto José Marti, coração na boca literalmente. O Robson do meu lado tentando dormir, o Filipe na fileira ao lado lendo algo.
Aqui têm muitas pessoas com mascaras, medo da gripe suína, nós não temos, por isso estamos sem. Embora eu acredite que não têm problemas, confesso que estou um pouco “cabreiro” quanto a isso.
Enquanto um minuto parece um século estou aqui, tentando passar o tempo. O vôo está tranqüilo, acho que em menos de uma hora vamos chegar ao destino tão esperado e sonhado.
Estou louco por um banho e depois ver o primeiro dia nosso em Cuba. Não sei por que, mas estou com mau pressentimento em relação a minha bagagem. (kkkk) Bobeira minha... Vou parar de escrever agora, estou cansado. O piloto falou algo, mas como sempre não entendi.
“O consumo é o prazer da cobiça.”
“A cobiça é o prazer do homem.”
Continuação Dia 29 – Na Ilha
Enfim, chegamos. Minha primeira impressão não tem como descrever. É mágico, eu não imaginava que chegaria aqui e seria assim, realmente boquiaberto, impressionado demais. Nunca vi nada igual, não sei se é pela admiração que eu tenho pelo país, não sei se é pelo povo. Não vou explicar o inexplicável agora.
Estou escrevendo na frente de uma vista maravilhosa, espetacular... Agora vou sair e mandar e-mails para avisar todos.
Voltei e ainda não mandamos os e-mails. Não importa. Fomos conhecer o Malecon, Avenida de Havana. Simples e puramente lindo. Que lugar gostoso de ficar. Aquela brisa intensa, aquela água cristalina. Em mim existiu uma mistura de sentimentos imensos, surpresa, admiração, paixão. É único esse lugar, gostoso demais para passar tardes e noites sentados naquele muro, e só sentindo o vento e a água bater. Tiramos fotos maravilhosas desse lugar e conhecemos um Cubano, Liona (se não me engano). Conversamos uns 30 minutos com ele, muito gente boa o rapaz. Após ficarmos algum tempo curtindo a vista, a brisa e a alegrida de Malecon nós viemos ao hotel e cá estamos descansando um pouco, pois já sairemos hoje a noite. Nosso primeiro “mini” passeio me deixou muito leve e feliz demais.
Não vim aqui discutir política, nem julgar brasileiros e muito menos cubanos. Vim pois, a barreira que essa viagem vai quebrar na minha mente é algo impagável e uma oportunidade dessa é única, estou aqui e aqui vou curtir o máximo possível. Sei que chegarei ao Brasil outra pessoa e espero passar isso a todos outros que for possível e que tenham a cabeça um pouco aberta.
“Quando existem duas extremidades o equilíbrio é o sábio.”
Continuação Dia 29 – Noite.
Após com muita pressa conseguir mandar o e-mail nós saímos para jantar. Comemos um Pollo frito (frango) com arroz e feijão preto, simples, gostosa e barato. Lá como não tem carne de boi o que mais vende é Pollo, que é frango, Cierdo, que é porco e Pescado, peixe. E o melhor, a comida veio muito rápido.
Fomos ao El Gato Tuerto, ficamos um tempinho esperando a Mari chegar, chegou e conhecemos a Maricela, muito gente boa ela viu. Entramos no Barzinho. Muito Bonitinho lá, musiquinha ao vivo e tal. Conversamos muito com a Mari, que como mora na ilha tínha muita conversa. Robson, Mari e eu tomamos uns mojitos e viemos embora. Antes de vir deitar nós fomos ao Turquino, uma baladinha do hotel. Legal, fomos lá e rolava os "psy's" da vida, mesma coisa que aqui. Várias pessoas dançando e tal. Várias prostitutas lá, uma me chamou a atenção e eu ri, ri, ri... e ri muito mais. O motivo é que ela tinha uma perna só (pecado né). Mas, eu já sabia dela, porém não acreditava muito no Robson e no Guilherme, mas quando eu vi ela lá eu não aguentei mesmo. Eu queria perguntar se ela cobrava metade, aliás ela tem uma perna só (haha). Outro dia eu vou perguntar e certeza, darei uma rasteira em uma perna só dela, na outra não (haha) e sairei correndo para ela não me chutar (brincadeira, haha... Mas não resisto a umas coisas dessas.)
Agora estou aqui escrevendo deitado na cama. Fiquei feliz em conhecer a Mari, pois ela mora lá esse contato com ela foi essencial para tirar dúvidas e curiosidades. Esse foi o resumo do primeiro dia na Ilha. E estou maravilhado, impressionado mesmo.
“A socialização é ir além de conhecer outro ser, é ir à busca da compreensão mutua.”
Dia 30 – Terceiro Dia
Boa noite, hoje nosso segundo dia e estou ainda mais maravilhado com essa linda ilha caribenha. O prazer de estar aqui é indescritível, sério, estou tão feliz.
Tomamos um taxi e descemos perto do museu da Revolução, é lindo. Um verdadeiro Palácio. Havia lá informações variadas, tudo sobre a revolução na verdade. Várias fotos, ferramentas usadas, várias escritas, roupas e tal. E os aviões, tanques, carros e o Granma, barco que foi usado para trazer os revolucionários a Cuba, grande parte deles morreram no caminho, apenas 17 chegaram vivos e só 12 viram o triunfo da revolução.
Depois domos dar uma volta em Havana Velha. Confesso que achei que seria feio, bagunçado, mas felizmente eu estava muito errado. Nossa senhora, só visitando mesmo para terem noção de como é legal. Mais um lugar para ficar na minha memória pra sempre. Havana Velha é repleta de vielas e têm uns casarões antigos, mas bem conservados. O movimento das vielas é imenso, pessoas indo e vindo em todas as partes. Andamos demais a pé, vimos imagens lindas, entre elas a Catedral, na Praça da Catedral, lugar que faz brilhar os olhos e a Catedral tem uma arquitetura que dá inveja demais nos arquitetos de hoje, cada detalhe é de tirar o nosso já pouco fôlego. Após a Catedral decidimos ir almoçar e isso já era 16h, nem vimos à hora passar tanto assim. Fomos então comer pizza. Uma pizza não muito boa, mas nem um pouco ruim. Comemos e tomamos Tucola, que é o refrigerante de cola da ilha e como um bom viciado em Coca-Cola eu estou tomando só Tucola que não deixa a desejar. Resolvemos vir embora e enquanto estávamos indo ao Malecon pegar um taxi, numa praça existia várias barraquinhas de livros e eu comprei um que estava afim de ler, chama-se: Evocacion, de Aleida March, esposa de Che que escreveu sobre ele, mas não sobre o Che revolucionário, e sim como homem, marido, pai e tudo mais. Comprei em espanhol, vou apanhar para ler, porém será ótimo. Depois vimos uma ótima feirinha de artesanato, onde me apaixonei por um mapa de Cuba feito em couro, mas ainda não comprei, pois vamos comprar tudo no ultimo dia. Tiramos muitas fotos dos Fortes de Havana construídos para defender a ilha de piratas. Os fortes são lindos e muito conservados. Vendo as fotos da para ter uma noção, mas nada como ter visto assim, frente a frente.
Chegamos ao hotel e eu fui tomar um ótimo e demorado banho. Agora estou aqui escrevendo, acabei de ver um pôr-do-sol lindo demais. Agora são 20h20min e está escurecendo, coisa de louco não é? Um país que tem sol o ano inteiro, praias maravilhosas e tarde assim que começa a ficar escuro. Realmente é um paraíso, além de tudo isso o povo daqui é demais também. Não tem como escrever como é estar aqui.
Vou parar por aqui, logo mais vamos jantar e depois vamos a um barzinho que chama La Zorra y El Cuervo, depois escrevo mais.
“O protecionismo protege o império e a consciência protege o que é belo.”
Continuação Dia 30 – Noite
Incrível, sem palavras para o dia de hoje, especialmente para a noite. Como já havia escrito, nós fomos ao La Zorra y El Cuervo, e estou impressionadíssimo. Primeiro por que virei fã numero um de Jazz, pois no barzinho havia um grupo de Jazz de primeira classe e o som do grupo é simplesmente lindo e em muitas partes me deixou pasmo. O mais incrível da noite foi que ao lado de nossa mesa sentaram duas simples moças e até certo momento não havia chamado nossa atenção, até que a Mari nos disse que eram nada mais do que as netas do Che, nisso o nosso coração isparou e iríamos logo tirar fotos, porém a Mari disse que ninguém comenta disso com elas, pois é a vida particular e ela não gostam, pois enche de gente querendo vê-las e por isso não tiram fotos. Mas eu sou eu não é?! E não sairia de lá sem fotos delas e se possível, com elas. Como sou cara-de-pau cheguei atoa e puxei conversa como se não soubesse quem eram elas e blá blá blá. Nisso elas ficaram de boa, pois acharam que não sabíamos de nada e após o show acabar elas iriam embora e eu pedi para tirar uma foto com elas, pois queríamos varias fotos de Cubanos e tal. E nós conseguimos. Imagina a nossa felicidade.
Conhecemos também Yayma, uma cubana muito legal e muito bela também. Conversamos muito com ela e com a Mari e foi isso. Uma noite simples, mas com um significado enorme para mim. Ficará para a vida inteira. Agora estou no aguardo de amanhã, pois o 1° de Maio será perfeito.
“O anonimato deixa transparecer o que realmente a pessoa é.”
Dia 1° de Maio – Quarto Dia
Viva Cuba Libre!
Após ir dormir muito tarde, acordamos muito cedo e logo olhamos à janela e vimos as ruas recheadas de gente. Nunca no Brasil eu vi algo assim, e olha que é o dia do trabalho. Arrumamos-nos em 15 minutos e descemos correndo, pegamos uns pãezinhos e fomos comendo na rua mesmo.
Cara, que espetáculo, o nacionalismo, o respeito e o companheirismo são coisa de louco. Nossa! Tinha muita gente, muita gente mesmo. É muito lindo, muito organizado. E fizemos sucesso com a bandeira do Brasil, todo mundo gosta do nosso país. Conhecemos muita gente hoje, muitos brasileiros também. Tiramos muitas fotos e pegamos amizade com uma professora brasileira e uma universitária também brasileira que está aqui fazendo uma pesquisa para o seu trabalho de TCC de Relações Internacionais, ela nos explicou muita coisa do que aprendeu no país, foi massa trocar idéias com ela, seu nome é Thalita Oshiro. Thalita passou à tarde conosco, pois já conhecia a Mari. Voltando ao desfile... Lá na praça onde todos se encontraram é muito legal, um verdadeiro mar de gente. Realmente me impressionou mais uma vez a humildade do povo e o respeito pela pátria, pela bandeira. Coisa linda de se ver. A sensação de estar em um desfile desses é uma coisa única, é de emocionar e arrepiar mesmo. Praça da Revolução dispensa comentários, além da história, além da estatua de José Marti, a multidão me contagiou. E no fim do desfile conheci mais muitos brasileiros e um deles é Palmeirense e me deu à ótima noticia de que meu verdão havia classificado.
À tarde passamos na nossa área de piscina aqui no hotel, lá estávamos, eu, Filipe, Robson, Mari, Thalita, Yayma e sua mãe. Absorvemos o máximo possível de toda conversa e isso me fez um bem inestimável.
À noite fomos a bar chamado El Sauce, perfeito, não só pela musica, mas sim por que lá não é um bar de turistas e sim um bar para Cubanos e conhecemos muita gente interessante. Conhecemos o Guilherme, um brasileiro que deu uma de louco e veio com a cara e a coragem tentar estudar musica na ilha, sem saber espanhol, sem ter onde ficar e tal. Mas felizmente ele conseguiu ingressar na universidade e hoje ele é formado e em julho vai voltar ao Brasil com uma bagagem social incrível. Amanhã eu conto como foi difícil vir embora (haha), pois já é 5 da manhã e nós vamos para Santa Clara amanhã. Vindo embora – Fomos os últimos a sai do El Sauce e foi foda, não tinha taxi e nem ônibus. O que fazer? Ah! Sim, ir a pé, porém estamos a uns 15 km do hotel. As ruas todas escuras e nós em 8 pessoas. Andamos uns 5 quarteirões e passou uma Maquina. O que é uma Maquina? Um carro grande, pau velho mesmo, o principal meio de transporte depois do ônibus para o pessoal cubano. E o pessoal anda muito apertado mesmo. Mas para quem não tinha opção isso foi ótimo e também andar num veículo desses ia ser ótimo para nós sabermos um pouco mais do cotidiano do pessoal. Mas aí entra outro porém, um pouco mais complicado, a Maquina não pode levar turistas. Ah! Então como nós somos turistas e não falamos porra nenhuma de espanhol eles foram negociar, daí o Guilherme, o brasileiro, disse que éramos amigos deles e que éramos estudantes também e tal. Demorou mas conseguimos. Tudo bem estávamos em 10 dentro do carro, pois estávamos em 8 mais os dois cara da Maquina. Andamos uns três minutos e a policia nos parou, pois achou que todos eram turistas, pela hora e o tanto de gente que havia no carro. Eles disseram que resolveriam rápido. Foram falar com os policiais e não foi nada rápido, após uma longa discussão a questão dos turistas foi eliminada e aí começaram a procurar problemas para multar os caras e foi mais uns 20 minutos e isso na periferia escura, quase 4hrs da manhã e enquanto isso nós riamos muito alto e falávamos muito alto também. Enfim, conseguimos nos livrar dos policiais, mas eles os multaram por excesso de velocidade. E para nós isso foi uma puta de uma experiência, nessa noite vivemos Cubanos, e foi isso. Pode ser bobeira, mas para nós que não somos acostumados com isso foi muito legal ter esse contato com o cotidiano dos cubanos, mesmo que por pouco tempo, mas foi muito da hora.
“Exaltando o ser em vez do ter é o primeiro passo para a liberdade.”
Dia 02 – Quinto Dia
Hoje após ter dormido muito pouco fomos para Santa Clara. Eu, Robson, Filipe e Mari. Não é perto, é a 300 KM daqui. Imagina o nosso sono, desde que chegamos aqui nós dormimos no máximo 10 horas. Mas temos que curtir e é isso que estou fazendo. Dormir é perda de tempo, (haha), não viemos perder tempo dormindo, isso fazemos em Ribeirão mesmo.
Então, em Santa Clara tem o memorial do Che. Mesmo sem ter esculturas e arquiteturas famosas o lugar me fez sentir algo único e inexplicável. Fiquei emocionado pra caralho, sem brincadeira, foi muito forte o que eu senti. Não porque eu vi o tumulo do Che, mas sim porque eu nunca imaginei ficar tão perto assim do comandante, e pelo tanto que eu leio, tanto que eu gosto e admiro o herói do mundo. E isso fica claro no memorial, tem gente do mundo inteiro lá, admirando os feitos do comandante.
Depois do memorial, nós invadimos Santa clara, fomo ao centro ver o trem das armas do exercito de Batista que foi descarrilado pelos revolucionários, a partir desse descarrilamento a vitória da revolução foi inevitável. Nós fizemos uma filmagem lá, dramatizando o ataque ao trem, muito cômico. Uma turca apaixonou-se pelo Robson, pois disse que ele parecia o Che. E ficamos conversando muito com umas senhoras que trabalhavam ali na praça. Neste trem, ou nesses vagões na realidade, tem uns objetos, armas, fotos e ofícios usados pelos revolucionários. Interessantíssimo lá. Então em Santa clara, além de ver o memorial do Che, vale a pena ir ver os vagões. Após isso fomos a uma linda praça e vimos arquiteturas lindas e ficamos um tempinho lá.
Na viagem de volta, todos cansadíssimos e mesmo assim não descansamos nada e nos arrumamos tão rápido para poder sair de noite que o Robson (tiozão né?!) tava quase sem fôlego (haha). Fomos novamente ao El Sauce e de novo conhecemos pessoas novas e quase todas essas pessoas são músicos. Alias como tem músicos na ilha, fiquei impressionado.
Ao vir embora, Filipe e eu fomos ao Malecon. Isso já era 3 e meia da matina. Muito da hora lá, e muito lotado de gente. Ficamos certo tempo e depois subimos para descansar, pois ninguém é de ferro.
Dia 3 – Sexto Dia
Depois de conseguir dormir umas três horas, acordamos e fomos a praia e PUTA QUE PARIU, que praia linda. Fiquei admirado, o mar do Caribe é realmente muito lindo.
Divertimos-nos bastante, deu pra cansar muito. Tentei fazer um pouco de malabares com Swing (haha), sou muito tosco, mas não da nada, o vento tava forte e não ajudou. Após curtir bem aquele mar lindo e aquela paisagem maravilhosa, fomos de volta ao hotel, tomamos um banho bem rápido e fomos curtir a noite cubana de novo. Dessa vez foi a mais cubana de todas, pois fomos a um concerto em uma praça publica e também não havia turistas além de nós. Gravei alguns trechos das músicas que realmente são muito bem feitas, e eu fiquei bem admirado com o som deles mesmo. Fiquei um tempão sentado no meio da praça só curtindo. Imagine se no Brasil iria rolar uns concertos desses, e também se os artistas ficariam ali, trocando uma idéia com você que ele nunca viu na vida e tal. Ainda por cima quem pagou aquele concerto foram os próprios músicos. Isso é paixão não é? Tivemos contato com muitos músicos, inclusive com os mais pop’s da ilha. Foi uma noite extremamente cubana, e muito gostosa. Conversamos, aprendemos, rimos e fomos muito bem recebidos pelo pessoal. Fizemos algumas entrevistas e logo fomos ao hotel jantar, isso às 2 da manhã. Jantamos e descemos um pouco ao Malecon, pois o mar a noite fica lindo. Um tempo enrolando ali e subimos e fomos deitar. O dia que mais deitamos cedo, pois amanhã será a nossa partida, infelizmente.
“A liberdade é a cura da humanidade, desde que o livre tenha consciência.”
Dia 4 – Sétimo Dia
Puta! O dia foi o mais corrido. Começou muito corrido. Só de imaginar que o ônibus para nos levar ao aeroporto iria nos pegar as 13hrs e nós deixamos para comprar tudo no ultimo dia, já deu um nervosismo foda, uma correria muito apertada.
Fomos à feirinha, lá perto de Havana Velha. Feirinha que eu já comentei em algum momento atrás, feirinha grande, com variadas coisas. Porém (esse “porém” é um problema viu?!), a feirinha estava fechada. Naquele desespero, isso já quase as 11hrs da manhã, tivemos de ir à outra feirinha, muito menor e com muito menos variações de produtos e preços. Não da nada. Compramos tudo que deu ali mesmo. As camisas que eu queria foram difíceis, fomos a uma loja e achamos apenas camisas feias e de má qualidade. Corremos para a lojinha do hotel, facada hein! Mas mesmo assim comprei algumas lá. Torrei o já pouco dinheiro que eu tinha lá. Após isso subimos muito, muito rápido mesmo e fomos arrumar nossas bagunças (e que tanto de bagunça viu?!). No ônibus conhecemos mais dois brasileiros que iriam vir embora (Poha, brasileiros é praga. Em todos os lugares conhecemos ao menos um). No aeroporto fizemos o que tinha que fazer e fomos almoçar correndo e mesmo assim fomos os últimos a entrar no avião. Agora estou aqui com muito sono, porque tudo o que não fizemos nessa semna foi dormir muito, ao contrario, dormimos muito pouco, mas não me arrependo nem um pouco disso. E agora, que chegue o nosso Brasil. Foi bom enquanto durou, mas a saudade do Brasil também bateu forte e já estaremos lá, são apenas 9 horas de vôo. (haha)
“O caminho é só um, amigo, e você é quem traça.”
Fernando Peracini – A melhor viagem da minha vida.