sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Socialmente desagradável

O problema é que o mundo tomado por uma onda complexa de mitos modernos não pode ficar atrás de sua obscuridade minuciosa falando em ordem, enquanto o mundo que não se da por vencido por esses mitos acompanha os loucos em um anarquismo profundo em sua mente diferenciada. A única prisão é o medo da liberdade. O livre arbítrio é algo importante que o ser humano deve usar para o seu bem. É uma escolha simples de pessoas que tem uma visão do seu mundo, de suas escolhas. A importância disso para a formação da personalidade é tão importante quanto à educação. Não tão só em sua completa e maldosa individualidade o homem pode compartilhar de seus desejos e suas ambições com súditos que mesmo tendo o respeito sempre tem em sua mente a vontade de dar rasteiras e tomar todo o poder. Se isso pode ser chamado de sociedade, pois em uma sociedade formada sempre há a hierarquia e seus súditos, então o mundo hoje está em eterna decadência, não há respeito e nem amizades. Favores só são feitos por conseqüência de dinheiro e mais dinheiro. Não há apadrinhamento de um ser sobre o outro, pois isso necessita de uma sinceridade em que a individualidade hoje não sabe que existe. O ser-vivo se vê jogado em meio ao lixo, não só pelo fato de que hoje tudo o que temos são lixos, esses bens materiais não duráveis que agregam o inútil ao agradável, mas também pelo fato de que o lixo, ou seja, o dinheiro – aquele papel tingido – toma conta de todas as decisões. Hoje não existem pessoas que vivem sem essa necessidade, cairia na hipocrisia se dissesse isso, mas a questão pertinente é se isso vale mais do que o prazer do sorriso, embora dinheiro traga sorriso a muitas pessoas, a espontaneidade alegra mais sinceramente. Os mitos modernos supracitados são os que levam o ser mediano a desgraça de viver por conta de um sistema que prova ter males e males. Não diria que o sistema aliena, diria sim que o que aliena é a ambição e, sim, por conta do sistema essa ambição é sempre maior, pois, se um toma uma rasteira lá em cima o outro daqui debaixo sobe um degrau, portando o pensamento de derrubar o de cima está sempre rondando os que querem sua fatia do bolo. Se o viver nesse mundo é isso, prefiro enterrar-me nas minhas fantasias anárquicas.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

estou vivo

tem força demais nesse mundo
nem que o nó dos olhos confundam os ouvidos
nem que a dor do pé marca a noite cansada
mas eu corro e pulo do teto à calçada
sem meus sonhos de vida
nem fé, nem ferida
na feroz velocidade da pista
o vento... o rosto...
combinações perfeitas e nostálgicas de um dia sombrio
apague a vela com os dedos, sem queimar
apague o sol, da vida, da veia
sente o frio?
sente-se então, mas me ouça
no café,
nos jantares,
pense... cadê o frio?
no café, sinta... sinta
é subentendido suas metáforas, ambíguos pensamentos

é assim,
me sinto vivo assim, me sinto...
você se sente? se sente vivo?

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Bagunçando com palavras

Já faz um tempo que não sai nada da minha imaginação. Minha mente anda desanimada. Parece que desânimo é a pior das doenças. Não creio que isso persistirá por muito tempo comigo. Juro que não me esforço para que isso passe logo. Esse tempo desgastante que está ocorrendo comigo está me corroendo por dentro, me destrói... Sinto meu corpo rastejante implorando por algo útil, mas a única coisa que eu quero é deitar e dormir. Livros... já faz algum tempo não termino um. Insisto em ficar assim, não entendo. Eu quero mudar, quero eletricidade em minha vida, mas porra, eu não consigo mudar, me falta forças, me falta loucura. Isso não é para a eternidade, esses meus conflitos com minhas almas complicadas, horrendas às vezes. Não dá pra sorrir mais para momentos que não me fazem sentir prazer. Faltam-me motivos pra enlouquecer. Nem poemas, nem prosas. Meu caos imaginário não participa da minha vida. Quero a liberdade, mas eu não sei o que é ser livre. Eu não sei mais nada, confesso... Posso não passar de um asno, um quadrúpede irracional que gosta de bagunçar com palavras.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O Beijo

Não há bem como esse no mundo
Se não me enlouquece e me cura
Todo o mal são deixados
Todos os bens e alegrias são impostos

Não há bem assim, não há amor sem
A súplica dos teus beijos
Nos olhos serrados, fechados
O encontro dos lábios
Encantos, encantos

Cura do desejo ardente de amar
O beijo, fuga incessante do mundo
O beijo sonho incansável
A recíproca profunda fiel

No mundo não há nada como o beijo
O beijo da amada, o beijo de mãe
Beijo de proteção, adoração
Me interno na clínica do teu beijo

Se for louco achei meu tratamento
Seu beijo, o fim do meu tormento.

sábado, 24 de outubro de 2009

livres rosas? adeus

A ordem
Podar do jardim as suas flores
Eles chegam e derrubam
Sem jardim, adeus flores. Adeus!
Liberdade, adeus. Eles chegam logo
Se foi o dia, se foi a noite
Exageros nos canos do rifle
Segura o gás lacrimogêneo
Adeus flores. Segure seu jardim
Adeus poesia e alegria
Segurem suas crianças
Os cavalos, a cavalaria
Foi-se o tempo de segurança e amor
Amor antes das 21 horas
Depois... Prisões, torturas...
Adeus liberdade, adeus rosas
Cadê o meu teatro? Não tenho peças
Eu me vou...
Jardim. Ame-o ou deixe-o
Suas flores nunca mais serão as mesmas.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Área de Radiação

Minha cabeça está com cólica porque a minha mão não para de dançar aquele frevo que o Led Zeppelin tocou no saxofone do Dylan. Esse gato latindo, para o afinador cego do violão sem cordas, não corre atrás do rato voador que voou sobre a minha perna presa nas fezes do elefante que comia farinha com Whisky falso. Preciso ainda hoje fumar aquele charuto da Brahma para relaxar antes de dormir e sonhar com o sol nascendo sobre as areias do cerrado repleto de chuva ácida. Não entendo como o camelo levando aquele homem bêbado ainda consegue dar a partida e bater nos postes de borracha molhado com o sereno da tarde linda e também não sei como o avestruz voou em cima daquela pessoa que não bebe e estava indo à igreja, mas por incrível que pareça ainda uma asa caiu em suas mãos e ela voou junto sem reclamar o sol que molhava seu rosto. Não vou mais reparar no locutor bêbado da noite insólita. Não vou! - Aqui está quente, não acha? - E quando ela pediu um trago no arguile com cheiro de maçã verde queimando a água fria em seu leito amante do vazio simples, apenas delirei e a vi assoprar o líquido que saiu naquele copo preso dentro de uma mangueira azul como um fio sem o interruptor. Não compreendo! Não quero compreender como meu mundo é complexo e desinteressante, mas ainda quero curtir o resto do da minha vida sem interrupções, porque o desinteresse é que me deixa feliz. Sim! - Garçom, me vê um copo de Whisky com gelo. Obrigado - Pronto, agora eu durmo feliz e incansavelmente bêbado!

sábado, 10 de outubro de 2009

brasiliando

aqui não há moinhos de vento
nem no boteco nem no convento
me sinto livre, leve
e que a pena leve, levará
meu Brasil a deus dará

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Lua

Nos rastros da minha memória
Cabeças rolam, corpos desenrolam
Na luz da lua desliza a seda
Arrepio grande no frio da noite
É rolar os pensamentos agora
Amar o amor verdadeiro
Sentir a recíproca dos meus beijos
Nos seus olhos e seus braços
Seus passos são leves
Sem dó passarão por mim
Mas não pise, na luz da lua
Não pise, ainda temos a noite inteira!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Olhos secos de um chorão

Caminhadas longas, tristes lembranças
Os olhos arregalados sem lágrimas
Choros internos misteriosos
Mas não sussurra, corre

Como fotografias desbotadas
O tempo desnutriu a saudade
As lágrimas que nunca caíram, secam
Jorra dores, anseios.

O pensamento pasmo, o coração em pó
Não é mais sonhos, talvez real
Mas soluço os seus beijos
Enxugo o suor frio e vivo

Pela fraqueza ou pela paixão
Esses são os olhos secos de um chorão

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

À doce

Simples
Sorriso, beijos, afagos
A poesia espalhada nos lagos
Nos doces tons de azuis do céu

Boca de lado, estirada
Dentes claros, sorriam
Carícias, carinhos, abraços
Enclausurado só ao sol

Sol, sol, sol...
Formas simples dos desejos
Hei-a de me amar

Nesses versos meu amor
Nesses versos, sinceridades.
Hei-a de me amar. Hei-a!

domingo, 20 de setembro de 2009

Se amar

Avistava em tu os olhos mais lindos da Terra.
Minha doce alma terna
Se fosse feita de palavras, a mais linda poesia seria seu brilho
Se fosse feita de água, por mais doce que seja, seria o oceano mais belo
E o ar leve e simples que passa em meu pulmão... Você, doce alma
A natureza dos meus sorrisos,
Os sonhos
Súplices abraços
E os melhores beijos
Beijos

Uma pausa
Respiros ........
Me enche a vida
Sóbria morena!
Amar, amar e amar
Se mais... Amar!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Desafetos

Repensar repensar
Putaquepariu
Sei-lá
Sei-lá

Parece não estar bem
O problema: Eu
Que fardo
Ou ossos
Eu e você
Há tempos
Há modos
brigas, fotos
Impossível esquecer
Pare o ar
Tire-me as águas
Entro em desespero
Posso existir
Sem rosto
Sem graça

Hoje eu vou...
Se voltar
Talvez nem seja eu
Mas posso ficar
Se quiseres o meu amor.

sábado, 12 de setembro de 2009

Porre

Eu pareço um bêbado maltrapilho que só pensa em coisas banais. Pro alto é jogado os dinheiros e os serviços... Agora eu corro com o meu instinto e não quero preocupação. Entre uma prostituta e outra eu gozo e vou embora. Na minha casa, enterrado no sofá e cheio de latas de cervejas jogadas no chão e meio às baratas que levam minhas bitucas de cigarro para fora. A comida, vários pedaços de pizza de não sei quando e eu mal como. Só não me faltam a cerveja e o meu café. Os cigarros enrolados em papel dos piores livros que tenho em casa me trazem um conteúdo diferente. Já não uso meus chapéus, e cabelo... Cabelo eu nunca tive. Enquanto o mundo se mata em um comendo o outro literalmente pra crescer socialmente, puxando os tapetes e causando intrigas eu apenas me viro e reviro em casa e às noites eu me perco nos bares e cabarés atrás das mais safadas garotas da noite. Porque esse sou eu e o mundo que se foda. Eu vivo da minha maneira, enquanto você se estressa e é politicamente correto atrás de seus sonhos de consumo... Eu me mato em meio aos prazeres ilícitos da vida. Essa minha barba por fazer incomoda o mundo dos otários, mas a minha loura liquida não reclama de minha barba, bigode e língua. Usava aqueles óculos fundo de garrafa, mas hoje a minha miopia não me atrapalha, mesmo se tivesse com os óculos, meu mundo hoje é torto e embaralhado. No fim da linha o meu e o seu lugar serão o mesmo e dentro do caixão as minhas lembranças das noitadas me deixarão vivo por mais tempo e suas lembranças brutas como os carros e as casas serão de outras pessoas e nem seu cheiro mais o fará diferença. Não quero que você vire minha sombra, nem quero que siga essas minhas atitudes bestas... Mas se vieres me dar um sermão eu te largo falando sozinho e vou beber.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sol e Café

Gosto do cheiro do café
ouvindo Dylan e sua gaita
a tarde chuvosa ganha prestígio
no olhos o brilho da luz
e o sol longe
não mais clareia o dia
o começo de uma nova profecia
dizem que a escuridão é tomada
por demônios
demônios demônios demônios
interiores, não se vê
se sente no calor no inverno
mas logo chega o verão
mas o sol...
o sol ainda não chegou
e a chuva ainda me lembra o Dylan
e sua gaita com cheiro de café
e os meus olhos ainda brilham a luz
artificial,
pois o sol ainda não chegou...

domingo, 6 de setembro de 2009

Momentos Mortos

Naquele dia, chuvoso
Apenas o barulho das gotas
No surrado telhado
Você acordou hoje cansado
Quis um mundo só seu
E não foi possível
O fardo carregado
Das dores acumuladas
São demais para sua cabeça
Seus pensamentos maléficos
Seus atos insanos

Não se trata de loucura
Muito menos de doença
A questão é o cansaço
A fadiga do mundo cheio de regra
Sempre foi apaixonado pelo obscuro
Andando na chuva, o rosto molhado
Escorrem as gotas, parecem lágrimas
Mas você sabe
Há tempos suas lágrimas secaram
Mas a liberdade de sentir
A brisa da chuva no corpo gelado
É momento único e o tempo
O tempo que se perdeu
Seguindo todos, esse tempo
Não volta

Hoje você recomeça
E depois de uma noite de sono
Os sonhos novos se foram
Como a gota...
Que molhou tua consciência!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Amor

O poeta louco
Nos seus devaneios
Escreve escreve escreve
Ele sonha acordado

Pensa milhares de assuntos
As fórmulas escritas
Congelam o som de seus dedos
Cravam no lábio o dente

Os olhos se reviram
Em cabeças esparramadas
Os assuntos fluem
O vento traz o arrepio

O poeta escreve
Transforma o arrepio em verso
E não importa essa fórmula
A essência sempre é O Amor!

domingo, 30 de agosto de 2009

O Curupira Moderno

O pé no chão, frio, o nariz escorrendo, desobediente e muito esperto. Diria que é um curupira do mundo moderno. Vive na natureza, sem escrúpulos ele faz o que quer. Ele mora com os pais, um senhor de quase 90 anos e uma mãe mais nova, simples, aquelas típicas mulheres da roça, mineira e que faz uma comida sem igual. Mas voltemos ao foco, o nosso garoto curupira. O nome dele é João e com seus oito anos de pura natureza ele anda muitas vezes como veio a Terra, sem roupas no meio de todos os outros que ali habitam e têm suas casas de veraneio. O local fica perto de um rio muito conhecido, o São Francisco, vulgo Velho Chico, onde existem ranchos e chácaras em sua beira. Esse garoto e sua família moram ali, como algumas outras famílias também.
Junto com os pássaros o garoto acorda todos os dias ao brilho do sol clareando sua janela já aberta para o orvalho da madrugada refrescar seu corpo sem roupa, da mesma maneira que dorme, acorda e fica o dia inteiro. Seus pais não conseguem ter muita autoridade sobre o garoto que faz o que quer a hora que quer. Vive pegando as galinhas e os outros animais e aterrorizando seus habitats com seu jeito moleque de ser. Não tem muito convívio com outras crianças, frequenta escola, porém sem muitos amigos ele vive mais nas salas dos coordenadores e diretores do que em qualquer outro lugar. Mas não culpamos a sua falta de amigos para seu jeito de ser. Ele viveu sem regras seus 8 anos e agora o mais difícil é fazer ele seguir qualquer outra maneira de viver. Vamos dizer que ele vive como poucos nesse mundo moderno. Vive como quer, vive com a natureza e raramente o vimos doente, penso que até os vírus, bactérias e qualquer outra coisa que causa doenças leves não conseguem habitar seu corpo movimentado. Uma saúde invejável e uma liberdade são vistas em lugares como esse, que nos dias que estamos não achamos tão fácil.
Falando de liberdade podemos dizer que essa tal liberdade trouxe a ele muitos problemas, principalmente o de viver em uma sociedade “comum” e ter os ensinamentos que ma criança de sua idade deve ter. Mas o lado bom de ver um garoto como esse, nativo, não um índio, impossível ser um índio, mas o garoto chega muito perto disso, com seu convívio natural e seu jeito de ser. Longe dos videogames,computadores e influências de televisão e ilusões feitas por programas totalmente comerciais para alienar nossas crianças de hoje. Crianças que ao ver todas essas ilusões e a realidade de seus pais, se comportarem como legítimos “revoltados modernos”. O nosso curupira longe disso tudo não consegue perder 10 minutos vendo tv, mas ganha horas e horas andando descalço e realmente vivendo a natureza dos bichos e ele não é selvagem, ele só vive como quer e o bom desse convívio de que ele pode passar um pouco do que é viver de verdade para seus pequenos e poucos amigos. Quem sabe essas crianças no lugar de ridicularizarem o “garoto-da-roça”, passam a admirar seu modo de viver e ver as coisas, um modo natural e com os olhos de falcão vendo agora o mundo fora de seus matos e terras. Ele se sente com nostalgia do mundo, mesmo muito criança ele já entende que o verdadeiro viver é o dele e quando vai chegando o horário de ir embora seu sorriso vai florescendo e seus tênis desamarrando, logo ele estará junto de seus animais e respirando o ar que todos precisam. Simples ele tem mais vida do que todos nós.
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Faz alguns dias que não posto. Não é falta de idéias, juro.
Esse final de semana eu fui ao rancho e esse texto foi inspirado em um garoto que mora lá perto.
90% do texto é verdadeiro e o restante são idéias e ficções minhas.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

-sem título-

Gosto de escrever, para que me leiam eu gosto que me leiam...
Gosto de escrever... Eu gosto dos gostos simples...
Gosto que entendam meus pensamentos.
Formas diversas de pensar expressadas nas letras
Nos versos livres, nas embaraçosas linhas.
Não lido, me quero no papel outra vez.
Mal lido, me cobro a caneta outra vez.
Esboço sorrisos nos rostos dos leitores,
Amores, dores, corações, sonhos e desejos
Papel, caneta e letras.
O homem oculto por trás da tela escreve
É com o coração, e suas fontes... Ah! Diversas,
Rastejam pelo seu cérebro querendo um pouco de espaço.
Os olhos rubros do sono elucidado pelas 30 horas acordado
Sons ainda batem nos ouvidos,
Na música a vontade de escrever.
No sono... a vontade de sonhar.

Prazer, esse sou eu e a minha louca necessidade de um papel e caneta!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Cicatriz do Destino.

Sentia-se uma Eva
Gastando os brilhos de seus olhos
Ela procurou,
Cadê teu Adão?
O mundo, como ela queria
O mundo...

O amor como ela quer,
Não acha.
Simples dor, enlouquece

Não termina como uma história
De filme...
Não se sente bem para esquecer,
Esquecer que a felicidade nunca,
Nunca está ao teu lado

Ela pula... Caindo ela vê tua vida
Em dois segundos,
Avistou um longo caminho escuro
Triste, esborrachou-se no chão
E o mundo que admirara não a viu

Sua vida esgotou, fim da linda...
Os olhos fecham, sem dor ela sorriu
Viver e morrer sem seu Adão,
Teu destino foi esse, e o ponto final
Ela que colocou!

domingo, 23 de agosto de 2009

Chuvosa Tarde

No meu rosto
A água da chuva cai
Como as lágrimas do céu

Não sinto nada,
A alegria do caminhar
Com os pés descalços
Sentindo o chão gélido

E ao se preocupar comigo
Realizo todos os desejos
Seus abraços, seus lábios...
Seu beijo.

O eclipse nos meus olhos
Denunciam o amor prodígio
O amor que por ti
Acaba de me transformar
Em vento.

O vento frio que
Arrepia e congela sua espinha
O vento que te traz a lembrança
Dos abraços, dos lábios...
Do beijo.

A arte de amar é insuperável
Amar é assim,
Ser feliz por tudo,
Brigar e reconciliar

O reflexo da sua companhia
É como a unha cravada na pele
Intensa e fervente lembrança
Moribundo eu me sinto ao se despedir
Não se despeça mais, então

Sem precisão, o amor basta
E nessa tarde chuvosa
Seu abraço e um sorriso
E com mãos dadas o guia é
O coração!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A Janela da Vida

“Detesto os insetos entrando pela janela." – Disse a si mesmo o garoto com sua roupa de dormir, já rasgada pelos anos de uso.
Sentado no chão apoiado na cama rota fazendo o que mais gosta: Escrevendo. Levantou com os pés descalços e foi fechar a janela e olhou a rua, viu o mundo todo ali, em um quarteirão apenas. Com um ar de desconfiança ele reparou em tudo o que pôde, pensou que seus pensamentos jamais se encaixariam aos daqueles tantos seres distintos, mas tão comuns ao mesmo tempo, causando estranhas impressões. Não havia nele um desprezo por todas essas pessoas, havia um certo receio por todos os que viviam superficialmente.
O mundo inteiro passou em sua mente, pensamentos sobre tudo o que ocorre nas diferentes civilizações. Exausto de problemas e sua cabeça, o garoto já cansado do marasmo. Pensando que não fez nada de mal a alguém na tua vida, mas também não fez nada de bem. Tristes pensamentos de que não fez diferença alguma a vinda dele pra esse mundo, talvez o início de tudo, ou o fim... Os mistérios da vida são complexos demais pra serem descobertos, pensou ele o que seria da morte. Nostálgica tarde, pensamentos triste, ruins. Mal agouro em seu peito. As lágrimas pesando toneladas escorreram por seu rosto liso, brilhando, refletindo os holofotes do mundo e o garoto, simples sonhador e agora tão triste criança, fez desse minuto um mundo só seu, contemplando os segundos. Tratou a imagem que tão machucava seus olhos, virarem paisagem. Cansou-se de dores solitárias. Com seu sangue fervendo jurou fazer a diferença, com seus punhos cerrados socava a parede a sua frente até sangrar suas mãos e aí pareceu o começo de uma nova vida. Mas, seus sonhos distantes de sua realidade de filho de comerciantes-sem-sucesso o limita à apenas poder desejar conhecer e mudar o tudo. Toda a sabedoria do mundo ele guardava nos livros de sua estante. E todos os sonhos distantes eternizaram-se no coração do garoto. Baixando a cabeça, viveu aqueles minutos, viveu como quis. Ajoelhou e chorou e desejou a felicidade, quis correr do inferno visto pelos seus olhos e apenas pôde aqui escrever essas humildes palavras, e que elas apenas mude você, leitor. As lágrimas ainda me escorrem o rosto e meus dedos doem, a caneta toma seu rumo e se você aqui sentiu a identificação, fuja então do mundo. Existe algo melhor para nós.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Casual Solidão

As palavras dançam na minha frente
Poesias fazem parte de mim
A caneta já sem pegar de tanto uso
Denunciam as carências de minha n noite

As noites caladas agonizando uma companhia
A falta de sono por culpa do tédio
è apontada para a xícara de café
E a mão suada nesse inverno, ansiedade

O relógio parado declara a madrugada
A madrugada calada declara a solidão
Palavras como refúgio do poeta calado
A aurora é a porta do esperançoso

O vindo doce clareando a vida desabada
Desnecessárias as águas jorradas dos olhos
A impressão causada pelo portão fechado
Incomoda a vida do curioso.

sábado, 15 de agosto de 2009

Inconsciente

Amargo a dor
No meio fio
Até a morte,

Calafrios,

Emaranhando os cabelos suados
Jogados aos olhos
Nus e puros...

O Relógio já parado,
Bate como meu coração sem você.
Ausente vida, simples e dolorida.
Hoje então,
Morte.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Quero os desejos teus.

Você chega,
Em mim desvenda um amor
Que nunca sonhei ter.
O tesão classificado no mar
De tua boca.

Me fez amar,
Senti-me feliz, juro.
Leveza essa que encontro
Ao mirar os olhos teus.

Ternura,
Simples desejo insano.
Sonho louco, num livro
Mágico. Num sonho louco

Desdobrando paixões
Revestidas de santidade,
Louco, como o sol
Que te queima a pele.

Prazer, como poesias e canções
Em meus ouvidos,
É assim, meu doce preferido
Seus beijos, seus olhos...
Minha vida.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

De braços abertos, corre e vive.

Ele corria, corria. Nem ele mesmo sabia como tinha fôlego pra tanto. Apenas queria distanciar-se de tudo. Não conseguia mais viver de uma forma que ele não escolheu. Quis ser livre pra ver tudo o que queria, pra ser tudo o que sonhou. E tudo começou assim:
Solitário ele não precisava de muito. Suas roupas já esgarçadas, seu tênis que não tinha mais solas, algum dinheiro no bolso apenas pra comida, disposição e o principal: LIBERDADE.
Celular ele queimou, o carro e a moto nem ele mais sabe onde estão. Jogou tudo o que conseguiu até hoje para o ar. Cansou-se do marasmo, se cansou da rotina, maldita rotina. Quis surpreender a si mesmo quando decidiu viajar apenas com suas roupas e o pouco dinheiro. Para os amigos e família ele só disse: “Até logo, irei seguir meu caminho e talvez um dia eu volte”. Ele, simples e desajeitado foi pedindo carona para qualquer lugar. Sua cabeça se focava apenas em experiências novas e alucinantes. Nas noites escuras e frias ele precisava apenas de uma caneta e qualquer pedaço de papel. Dizia ele que as palavras tinham poder. Passava tempos e as pessoas sentiam falta dele e ele a única falta que sentia era de uma boa cama, nada mais. Ele dormia em albergues baratos, às vezes na barraca de lona... Sem contar nas noites que passou viajando nas carrocerias dos caminhões. Nunca havia se sentido tão completo, ele agora vivia como queria, falava sozinho, corria e algumas vezes ele arrumava bicos em fazendas, tudo pela experiência. Ele queria viver ao contrário dos jovens da idade dele que só queria baderna. Ele queria é ter uma vida repleta de emoções verdadeiras, e deixou coisas passageiras de lado apenas para viver assim, sem rumo e feliz.
Em seu diário, que mais parecia um caderno de rascunho de tantos rabiscos e desenhos, ele escrevia todos os dias, sem compromisso, sem enfeites, sem querer relatar isso a alguém. Palavras ecoavam em sua cabeça, na ponta da caneta eram transformadas, em uma passagem ele disse: “Existem coisas na nossa vida que sabemos apenas quando passamos por momentos ruins, momentos em que você desejava apenas um banho quente ou aquele carinho da pessoa que gosta e não tem nada disso, momentos que guardam magoas e desprezo pela mísera vida. Não acredito mais em tudo o que vejo. Quero vida de verdade, quero correr, correr, viver, ser feliz... Cantar sem ninguém me julgando, brincar, pular e conversar a qualquer hora da madrugada. Minha vida sempre foi cheia de compromissos, horários e tudo mais. Eu vejo em mim muito mais do que qualquer coisa que eu vejo nos carros e roupas importados, vejo um sonho, uma vida... Vejo um calor imenso de sabedoria que eu ainda estou atrás. Vejo em mim o que eu gostaria de ver em todos. Quero um pouco de loucura pra transformar minhas razões e quero razões para ter mais loucura. Quero uma cabana numa ilha, uma água, quero sol e ar. Não preciso de muito, quero sorrir para mim mesmo. A saudade bate, a dor da ausência é forte. A razão de estar saindo daquele senso comum de ter uma casa na melhor avenida ou ter aquele carro do ano, não é pra ser diferente, é estilo de vida, é meu estilo. A vida na sociedade é cheia de regras e a minha regra é ser feliz. Eu quero correr... Correr...” Graças a esse delírio repentino de sair do até então seu “mundinho sem sal nem açúcar” ele deixou mais uma mensagem no seu diário: “Que bom se todos ouvissem minhas felicidades por aí. Eu estou feliz, a saudade bate... Mas não posso voltar agora. Vivo aos olhos da lua, e na lua eu vejo que o amor que eu desejo é o amor de me amar. E por enquanto eu estou me amando, amo todos os outros também, mas eu me quero nesse momento... Um dia eu volto, claro. Mas por enquanto eu corro e corro.” Enquanto o mundo quer salvar o planeta ele quer seu universo, todo dele, que ninguém mais pode ter. Ele volta claro... Mas ele corre... E corre.

Doce Sedução.

Seu corpo junto ao meu,
arrepios, sonhos e desejos.
Seu cheiro que não sai dos meus pensamentos,

eu sonho essa eterna realidade,
eu quero essa real eternidade.

Sua pele junto a minha,
arrepios.

Seus lábios sombrios,
seu rosto esboçado na escuridão,
arrepios.

Seus olhos que na infinita noite
ainda brilham,
são como chamas.

Aquecem meus sonhos reais,
nessa louca brisa noturna,
me abrace sempre
nesse oportuno amor fervoroso.

Felicidade,
pois viver essa doce sedução
é meu sonho mais real.

domingo, 9 de agosto de 2009

Segredos Lacrimejados da Madrugada.

Resistindo ao tempo, pensando, correndo...
Você quer ser diferente, mas sua mente não deixa. Você quer aparecer e crescer, mas desenvolvimento em você não existe. Você tentar deixar impressão, você sonha ser notado... Você não passa de um coitado. No fervor do dia, em cima da cabeça de todos. Não aos olhos, mas aos sentimentos. Seu gosto de chuva acida descendo pela garganta é nostálgico. O desprezo causado por todos que o percebem é enorme. Sua mísera matéria psicológica não causa efeito. Triste e verminoso. Não pertence a raça nenhuma, parece que não conhece o mundo. Leva a sério apenas futilidades. Deixe de lado ao menos um dia seus medicamentos frutíferos. Pense ao menos um dia em tudo o que você causa, ou tenta causar. Você não foi fecundado por gênio algum, você não gera desconforto quando dorme.
Você não merece mais um minuto de minhas palavras, e os leitores não mereciam ter lido isso.
Tente não nos incomodar mais e adeus, Olhos Lacrimejados.

sábado, 8 de agosto de 2009

Nos sonhos, debutante.

Não quero nem saber quem sou,
se sou.

Não quero amor,
nem dor.
Agonizante paixão,
não me ordena...
Não me condena.

Café e papel,
caneta,
carrossel e... céu.

Só palavras doces,
para adocicar os dias de sua ausência.
Dias vazios, de sábias poesias,
jogadas ao vento, ao esquecimento.

Não sinto seu sorriso,
oportuno sorriso,
simples e singelo,

deslumbrante, morena debutante.
Como o cometa,
passageiro...

Como o cometa,
inesquecível.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Memória em Desalento.

Ruídos, todos incomodam
na cadeira, no canto da sala,

observando você,
nas fotos, é claro,
amor.

O bater das asas do pássaro verde
estremeceu todo meu corpo,
como se fosse mágica,

ânsia para que chegue a chuva
aliviando a dor da ausência,

um livro,

tristonho e objetivo.
Consciência dolorida e,
sonho...

porque não fui contigo?

Triste desatino,
seus lábios doces
não estão juntos aos meus,

triste desencontro.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Dores, Receios e Prisões.

Uma gota no meu ombro, enfim... Chuva.
Uma lágrima no meu rosto...
Uma saudade no peito...
E um frio na barriga, enfim... Amor.

Chuva no parque abotoando saudades.
Saudades no peito amontoando amores.
Não vivo um dia a mais com essa dor.
Sem você aqui, tudo é escuro como a nuvem pesada de lágrimas.
Morde o dedo, aperte os dentes. Força, feche os olhos e sonhe.
Não volte ao recinto coberto de teto colorido.

Sonhei, acordei... Sem você aqui eu enlouqueci, enlouqueci...
A cor do céu escuro com você me abraçando é lindo.
O céu com cor azul sem você aqui é triste.
Arco-iris, nuvens, flautas...
Caminhos, destinos, frutas e arvores.
Você, eu, amor e eternidade.
Não quero mais do que isso.
Mas essa saudade dói... Dói.
Esse tempo sem você é rude.
Não há mais quem me segure nessa prisão interior.
Nem receios e nem dor.
Estou indo, meu amor. Me espere no portão.
Me beije e nunca mais me largue.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Entediante Noite Silenciosa.

Sentindo nostalgia da noite. Não sei... Cansado talvez.
Morto, dilacerado pelas bombas de meu coração e minha cabeça. Essa inquietude que de mim toma conta está apodrecendo a minha, já pouca, energia.
A melodia que está em meus ouvidos essa noite, não tem pé nem cabeça, me confunde, me correi... Mata-me.
Não preciso de lágrimas para lubrificar a minha mente. Preciso de palavras pra acalmar meus pensamentos. Quero mudar, ser apenas um peso não significa nada...
Estou cansado de “querer fazer”, eu vou fazer... Estive pensando em meus diversos desejos... Talvez o maior de todos seja o de ser útil.
Sou o maior usuário dos meus pensamentos e serei o eterno refém dos meus receios.
Não quero ser notado, nem taxado, não quero crescer e nem parar no tempo. As minhas gavetas abarrotadas já não marcam a hora do meu recreio e minha lancheira embaixo da cama já cheira a mofo. O travesseiro sem mancha de baba denuncia a minha falta de sono.
Pra falar a verdade já não quero mais dormir para me acostumar com a inquietude. Quero prosseguir daqui, do topo desta montanha, abrindo os braços para sentir um pouco do que os pássaros sentem assim eu descobri o quão nós, meros seres humanos, somos.
Receio que o mundo precise mais de pássaros do que de humanos.
Mas mesmo assim não deixarei de sonhar... Não deixarei de me encantar... Nem de sorrir, chorar e cantar. Meu canto, seu sei que não é digno de admiração. Meu canto é apenas uma libertação da rotina silenciosa.
Silêncio que encanta e mata. Silêncio da sabedoria e da ignorância, do desprezo e do apresso...
Mas tudo têm silêncios. E meu silêncio de pausa agora... ETERNO.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Seu descaso, seu fracasso.

Triste é olhar na hora de deitar aquela cama vazia, sem você pra eu abraçar e beijar. Eu sou muito mais feliz quando com você eu posso contar. Eu sou mais feliz quando você está perto. E quando eu amo, eu amo de verdade. Daria aqui pra escrever um livro se eu fosse colocar aqui no papel tudo o que você me fez sentir. Todos os dias eu ainda digo “boa noite, meu bebê”. A resposta? Vácuo total. Sem você nem o céu é azul.

Por onde eu fui e passei sempre existiu você, existiu... passou. Adeus.

Eu acordo todos os dias, tento te ver mais só vejo a cama desarrumada e como sempre você não está lá. Isso me dá força para que cada dia a intensidade do meu “boa noite” seja menor, e você eu estou esquecendo, JURO. Confesso que poderia até lutar por você, mas me deixar assim bem no ápice do meu amor foi a pior dor que eu já senti nesses meus 20 anos de vida. Você me pediu sossego e eu te dei. Sofri, chorei... Mas não perderei mais tempo e trancarei a porta, pois cansei de suas mentiras e injúrias.

O sofrimento que você me causou, meu bem, pode me acompanhar todos os dias e ainda posso olhar e sentir a sua falta na minha cama, mas não precipitarei indo atrás de você. Dei um basta nesse amor inútil. As luzes da minha vida não são mais clareadas por você e o holofote do meu coração desvia quando te vê.

O silêncio de sua ausência me faz mal e por isso hoje prefiro o ruído do telefone mudo a sua voz. Sonhei um dia em roubar você pra mim, mas não perderei um minuto com planos pra te ter, e, quando você precisar de um amor de verdade só dê uma folheada em algumas páginas anteriores de tua vida e vai ver que o amor que eu te dei não era medíocre como você disse no nosso adeus. E aposto que quando perceber isso eu já serei feliz e você não vai passar de vagas e boas lembranças de uma paixão passageira.

Por onde eu fui e passei sempre existiu você, existiu... passou. Adeus.

sábado, 1 de agosto de 2009

Remetente Imaginário, Destinatário Óbvio.

Talvez, minha querida, quando você chegar a ler está carta eu não estarei mais entre nós. Mesmo assim espero que você quando terminar de ler não derrame lágrimas sofridas de saudade de seu remetente imaginário.Há anos eu venho escrevendo para você, e você lê... Entende-me... Responde-me.Não sei mais quantas cartas eu conseguirei escrever, eu já não sinto forças para levantar está pena e a tinta que da a forma a essas letras está escorrendo livre sobre meu leito. Não sei quanto tempo tenho, nem quanto tempo faz que eu exista para você. Eu sei que a minha necessidade de escrever sobre qualquer coisa para que você se sinta melhor já está se esgotando e eu não quero nem um dia a mais nesse mundo sem me sentir útil a pessoa que me fez existir.Não se culpe pelos meus devaneios psicológicos, é que muitas vezes dói ver que quem me influência não me vê. Você chora, sonha, sorri e vibra... Mas não me enxerga. E esse desprezo me causou tudo que eu disse logo acima. Estranho sentir isso, pois eu sei que não passo de imaginação fértil de uma pessoa triste na solidão das madrugadas escuras. E muitas vezes eu me sinto como a ponte de equilíbrio entre você e seu coração. Para lhe escrever está que é talvez a ultima carta, eu precisei que tirar de mim uma coragem que nunca sonhei ter.Nessa minha saga de lutas retrativas de uma consciência problemática está cada dia mais complexo. Sem mentir para você, ou nós, sei-lá. Eu quero que saiba que meus apelos são para que você SE note mais e não se perca de seus braços assim que qualquer copo de vinho desça pelo seu gargalho. E não se arrependa por tentar não morrer de vontade de ficar nas chuvas que já não caem no inferno desse mundo. E no escuro de seus sonhos ache as respostas por suas milhares de dezenas de perguntas. E por favor, não espere recompensa em qualquer ato seu que se orgulhe, pois certamente a sua recompensa será apenas um “muito obrigado”. E não se preocupe por suas respostas que não gostei. Perdôo-te por tudo e por todos os momentos em que você quisera ver-me mentir apenas para que você pudesse sorrir, mesmo sabendo que é um sorriso ludibriado por mentiras programadas. E se ainda assim quiseres me achar procure na ponta de tua pena ou dentro de tua lata de tinta, comece a escrever e assim você terá tudo o que quer, no papel, e sem a minha ajuda. A lembrança de minha despedida eu deixo dentro do seu coração, entende-se com ele e terás o que quer. E deixo também aplausos em pé para você, pois chorei ao decidir deixá-la, isto é a prova de que você foi muito mais do que trocas de palavras. Cuide-se bem, Razão. Até logo.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Prostíbulos Mentais.

Eu não direi a você que a amo sempre que essas palavras vierem a minha cabeça. Não quero lhe causar nostalgia ao ouvir a minha voz. Uma vez me disseram para escolher entre acreditar no amor ou no sofrimento. Eu quero acreditar nos dois. Pois eu sei que as impaciências de minha alma trarão sempre formas sofridas de um grande amor. Não sei necessariamente se você merece o afago de minha mão ou se merece o calor do meu coração. Na verdade você me deixa sem eira nem beira. Talvez não mereça um minuto de minha atenção. Não sei se quero pagar pra ver. As vezes quando penso em você ocorre em mim diversas revoluções internas apenas pelos meus conflitos psicológicos entre a razão e emoção. Eu ainda não vi em pessoa alguma a imagem de um amor feliz e não sei se em você eu consigo ver alguma imagem, sequer um sorriso de desprezo. Talvez alguns anos atrás eu fizesse de você um desafio para minhas conquistas internas, não para me tornar feliz amando-a e sim para me tornar feliz comprovando que o que eu quero eu consigo. Mas hoje eu não sei se apenas a sua alma sedutora e seu jeito meigo de tratar as pessoas é o suficiente para fazer meu ego ficar sempre alto. Não sei se confiar em você é morte ou vida. Esperar pelas astuciosas traições está fora do meu controle, não sei se seria capaz de ficar sossegado amando alguém que pensa mais no seu fio de cabelo que aos poucos ficam brancos do que em alguém que a ama. Não te culparei por ser assim, pois talvez a sua história de vida tenha trazido a você tantos sofrimentos que hoje em dia você não quer mais saber de história alguma. A natureza de seus olhos infinitos não me mostra sentimentos qualquer e esse seu espírito de mal me quer está tomando conta de quem está a sua volta. Não sei mais se te quero assim como te quis. Espero que você não me leve a mal. É que a única evidência que eu tenho de que você me ama você deixa sempre na cama em que acabamos de fazer amor. Não sei ser mais um capacho, não quero ser objeto. Diz que me ama e olha no fundo dos meus olhos antes que eu a deixe para viver de vez a minha vida e não pense mais nesses medos que me ronda todos os dias.O puro e atencioso amor que eu quero eu posso encontrar em você, mas sinto que sendo esse ser que não sei distinguir que você é, não vai mesmo me fazer feliz. Te quero de uma forma que nunca quis um outro alguém. Você talvez me vê como nunca viu alguém. Mas não sei ao certo o que você pensa sendo que as poucas palavras que eu ouço de sua boca é: Se vista, me pague e volte amanhã.

terça-feira, 28 de julho de 2009

"Lixeira Psicológica" - Infelizes Ligações

Chutei uma pedra hoje e vi que dói muito, mas fui feliz, ela rolou o tanto que eu queria e acordou o pássaro que estava no ninho em cima de uma arvore nua, tão nua que penas cobriam seus seios. Triste pássaro que vagou após o susto sozinho pelo ex-céu azul. Raios e trovões, de que vale asas se voltam sempre ao mesmo lugar? Ninho que habita ovos que quase sempre não vingam... se vingam. Minhocas e insetos comidos, galhos e garfos colhidos. Arvore nua que na noite escura assusta a criança na janela ao olhar os monstros chupadores de sangue que ali pousam, sem comprometimento, só descanso e paz. São menos sanguessugas do que aqueles que sugam nossa mísera grana suada e guardada para o futuro dos filhos. Grandes filhos-das-putas que atrapalham nossas labutas comendo... lagosta?!
Pobre criança que não sonha na maldade, tem medo da vaidade, mas é tão vaidoso quanto a um idoso que com seus cremes para o brilho dos cabelos tornam-se inúteis, talvez, para seus netos que precisam de histórias e não de vídeo-game.
Pobre pássaro que montou seu ninho em uma nua arvore. Vão derrubá-la e essa não é vitima do desmatamento, está é vitima do abandono. Descaso com o pássaro que ali cuidou para que seus filhos vingassem e não precisou guardar o dinheiro da labuta e sim guardar o amor para aquecer o fruto de seu ventre. Pequenos e tristes, já. Tão já que não chegam a quebrar as cascas sem serem quebrados pelos “cascas-duras”.
Maldito seja o morcego! Não. Não esse morcego animal. O morcego que suga nossos sonhos, mas está acima de nosso alcance. Maldito seja! Infeliz que sem um passo faz a zona em seu espaço e mesmo assim é impune perante a lei. Até que provem ao contrário que, diga-se de passagem: NUNCA.
Infelizes ligações entre animais e ANIMAIS. Saiba que você não é mais do que o garoto ali, na janela da sacada.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

"Má Inclusão Digital" – Atraso secular.

É obvio que escrever é uma forma de expressar os sentimentos que no momento habitam em seu ser interior. Mas porra, como é triste ver as imbecilidades escritas por muitos seres nessa merda de mundo virtual. Cara, eu fico indignado com tanta besteira. Tanta futilidade. Maldita inclusão digital sem uma boa preparação psicológica desses seres que seriam incluído nesse novo mundo. Você não é seu orkut, os comentários que te deixam não é a realidade. Apenas querem também receber comentários para que as suas alto-estimas fiquem sempre ALTA. Mente miserável de muitos seres que eu vejo por aí. Meu papel aqui não é julgar. Mesmo porque ninguém lê o que eu escrevo. Meu real papel é atingir que merece, para que pensem um pouco e abram a mente para uma vida mais sociável e não "virtuavel". Eu sei, internet provoca mutações na cabeça dos adolescentes. Infelizmente. Vê se realmente você é feliz como as fotos que você coloca, vê se te amam de verdade o quanto falam. São atitudes pequenas que pode tornar você em outra pessoa. Saia desse mundinho fechado, pense, reflita... Eu não quero menosprezar ninguém, não. Mas pra mim chega de senso comum. Não quero meus filhos assim. E não quero muitas pessoas assim. Pena que as minhas palavras serão apenas palavras, não é?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

“Lixeira Psicológica” – Sem dó, nem piedade.

Nessas poucas horas que dormi sonhei com um rato vomitando três aviões que no céu esbanjavam beleza e radicalismo. Quando assim que vi que os aviões eram apenas baratas que compunham a beleza do meu quarto, percebi então que na beira do mar que eu estava havia um tubarão encalhado, porque no lugar dele apenas existia lixo e lixo e ele assim tentou fugir para a sociedade humana. Coitado ele acreditava que aqui era melhor do que no mar, onde na verdade é muito diferente. Esse rato, os aviões e as baratas se revoltaram com tudo o que acontece em nossa volta e foram lá tentar ajudar o tubarão, porém a determinação do tubarão fez com que os amigos que tentavam ajudar, fugirem. Tanta a vontade dele de ficar nesse mundo risível. Coitado, tanta força e beleza, mas usou apenas para espantar os que queriam ajudar. Mas logo que ele viu a morte de perto, pois ele não poderia mesmo viver muito tempo fora d'água, ele logo pediu perdão, mas infelizmente os amigos que o tentaram ajudar foram para outro lugar, decepcionados porque o amigo tubarão preferiu acreditar nos boatos de que a terra era melhor do que a água. Quando estava nos seus últimos minutos de vida, os "amigos" que disseram que a terra era melhor não deram as caras, e aí? Não sei, ele pode ter morrido de arrependimento antes de morrer sufocado pelo nosso ar de criar monstros. Agora ninguém irá saber. Partes de seu lindo e forte corpo estão a essas horas nos pratos dos melhores restaurantes do mundo sendo apreciado por porcos fúteis que por um dólar mataria a própria mãe. E eu apenas digo: Adeus, você foi vítima da ignorância manipulada pelos vermes da sociedade.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Lixeira Psicológica" - Apenas um desentendimento.

Não importa a força que você faz, de fato você não é ser-humano assim como eu, e se você forçar e tentar sempre mais fazer aquilo que não está conseguindo, e por mais que seja recíproco essa tentativa isso não vai dar certo. Não é a gente quem manda. Desculpe-me eu não posso mais ser o que você sempre sonhou. É impossível eu deixar de ser esse monstro que eu me tornei. Não é fácil eu ver essas lágrimas escorrendo no seu rosto e olhar pra dentro de mim e sentir apenas amargura por ter me tornado no que eu sou hoje. Infelizmente nada que acontecer vai fazer voltar a ser o que eu era. São tempos e cabeças diferentes e eu com meus 40 anos eu não consigo acompanhar sua cabeça de 25. Desculpe pelos meus cabelos grisalhos que caem sobre seu vestido e te deixa irritada. Também sinto vontade de ser um herói pra você, mas não sinto mais força pra me levantar dessa cama, te pegar no colo e mostrar pra você como é lindo o nascer do sol. Eu não conseguirei rejuvenescer e nem ao menos parar nessa idade. Eu sei, você tem suas amigas que te chamam para sair, dançar e se divertir, e o que eu quero é sentar no bar e tomar apenas uma cerveja, ler o jornal, e te dar um beijo de boa noite. Eu me sinto mesmo um monstro. Eu já te disse. Apenas deitado em meu travesseiro eu consigo derramar lágrimas e a única testemunha de meu sofrimento sou eu. Não te direi mais como és grande o meu amor. Saia e se divirta, porque eu não quero mais nem um abraço seu e não sinta pena, pois quem está te deixando sou eu e porque eu quero. Levarei uma vaga lembrança de seu sorriso e de seu perfume que grudou em meu lençol. É! Você foi importante, mas mostrou-me que tudo um dia acaba e aqui te deixo um adendo: a cada pessoa a mais que amamos é mais uma pessoa que vão nos fazer sofrer e vão sofrer por nós. Apenas isso. Agora deite nesse seu sofá, e nessa segunda-feira a sua nova semana vai começar sem mim. E se sentir minha falta esforce-se e não me procure, eu estou velho demais pra me sentir triste mais uma vez. Farei de conta de que sua ausência não vai me doer. Agora acabei. Não responda. Guarde com você pra saber que um dia você conquistou de verdade o meu coração, mas como é normal... Acabou, tchau.

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Obs: Dramatização escrita para minha consciência e não para você, Okay?

terça-feira, 14 de julho de 2009

Passageiro.

Você falou. Eu ouvi.
Fez florescer em mim o que ninguém pode ver.
Mas por que agora? Por quê?
Eu senti, talvez sinta.
Não sei. Acabou? Talvez...
Sua tristeza está além de minha mísera mente.
Não me afeta, não. Continue...
Pare! Não sou tão criança assim, me deixe pensar.
Você não me faz sorrir, pior, você não me faz feliz.
Na verdade eu não quero ser feliz.
Quero viver, sorrir... Caramba! Não pode ser difícil assim.
Sorrir sem estar feliz é a beleza da contradição.
A fuga da tradição.
Ah! Você pode fugir, uai. Sabe onde eu estou. Se ligue.
Você não sabe o que é mentira, deu pra ver em seus olhos.
Não me beije sem paixão, pare. Cansei disso.
Não posso mais ser apenas um objeto de seus desejos.
Eu sou humano, infelizmente... Não sei...
Não sou uma merda de robô, e, eu quero viver.
Agora quem vai fugir sou eu.
Não se derrame no desespero, porque eu não faria isso.
Não fale isso... eu não sou frio.
Eu não calculo as dores que posso causar.
Não seja sensacionalista, por favor!
Sem drama, isso não é novela. Pare!
Suas lágrimas doces já não me fazem diferença.
Eu sei o que você sente. Chega a me dar nostalgia.
Não, minha intenção não é te destruir.
Estou sendo apenas metade do que você foi pra mim.
Não! Não estou me rebaixando... Apenas te digo:
Você passou e fez nenhuma diferença na minha vida.
É assim, sim. Simples. Você não foi mais do que um vagão perdido.
Você não vale mais do que uma noite de prazer para mim. Passou.
Desculpe, eu sou sincero. Amor não existiu.
Um dia eu disse que te amava? Não!
Você sabe que não. Deixe de demagogia.
Não venha me abraçar, eu já disse. Isso não é novela.
Você me deu prazer, foi bom. Adeus.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

"Lixeira Psicológica" Desligando-se da tomada do rebanho.

O que seria viver num "mundo livre"? Tenho a certeza de que o mundo em que vivemos é extremamente padronizado eticamente. Ou seja, não podemos falar de sexo, raças, religião, e na verdade nem em futebol, sem sermos taxados de pessoas más. Só que na verdade pouco me importa se sou mau ou bom e foda-se se estou fora do padrão de sua mente pequena. Não quero me preocupar se o que eu falo vai ou não te fazer mal. Apenas falarei o que vier na minha cabeça. A vida é apenas um caminho que vamos seguir até o fim, e podemos mudar a qualquer momento. Querendo ou não a mente humana é tão complexa, mas ao mesmo tempo tão fácil de decifrar. Eu não estudo psicologia, muito pior chamo Freud. Eu só tenho consciência do que é esse mundinho em que vivemos. O fato é de que se prendermo-nos em algo sem conhecer o outro lado sempre vamos acabar do pior modo. Pra você, leitor, aceitar os velhos padrões, velhas normas e tudo o que a ética lhe impõe, neste mundo que é hoje você pode ficar um passo atrás dos outros. Existem tantas crises de personalidade, eu inclusive já tive a minha, e você ao ler meus lixos psicológicos pode perceber isso.

As pessoas, quanto mais educadas intelectualmente, mais coisas elas vão ver e podem assim definir seus pensamentos tendo ou não influência de outros pensamentos. Você pode acordar hoje e definir o que você quer fazer no mês inteiro de suas férias e daí na hora em que você for dormir você pensa e vê que não é o certo a se fazer, e isso é bom, ao menos você pensou. Essa mudança de idéia ou intuição, isto é Yin Yang, ou a busca intensa pelo equilíbrio interior e exterior. Temos que entender os dois pólos de tudo, assim manterá esse equilíbrio. Isso está altamente relacionado à padronização de sua vida e, se você não tiver isso, com toda certeza você vai conhecer só um lado e vai estar "roboticamente" conformado com qualquer e, talvez, uma péssima decisão influenciada pelo que você não pode nem ver, ou seja, a extrema força do mundinho alienado. A nossa grande doença.

Aqui fica a dica, só não deixem de "ouvir com outros olhos".

quinta-feira, 9 de julho de 2009

1° da sério "Lixeira Psicológica"

-Caralho!
Acho que essa palavra expressa lindamente o que estou sentindo. Quanto vale uma decepção? Vale muito então tente não se decepcionar, merda. Impossível, se você se da ao luxo de confiar em alguém acaba sempre fodido. Se for assim, que se foda primeiro... O que me fascina nessa porra de mundo é a cara-de-pau desses seres-imundos-humanos. Covardes ignorantes que não mostram a verdadeira face. O mundo é um grande "Reality Show", mas as câmeras são escondidas e mostram apenas faces desfiguradas e distorcidas pela poluição psicológica. De certo modo o mundo está infectado, então quem irá nos socorrer? Chegou a Era de Aquarius, o que vocês acham, grandes leitores, até a mídia mostrou isso e vocês não compreendem? Ah! Então não compreendo mais nada e acredito que... Se morressem todos e implantassem na Terra seres mais evoluídos ao menos acho que a Terra seria mais util. Os grandes estão apagados ou deixados de lado. Será que eu estou predestinado a estar errado assim? Será que só eu penso assim? Não sei muito bem se estou errado nessa merda!

"...faça você mesmo, não perca tempo, perca peso, anuncie aqui, não fale com o motorista, concorra a muitos prêmios, visite o seu dentista, renove sua assinatura, peça um meque lanche feliz, repita comigo: faça o que você sempre quis, repita comigo: faça o que você sempre quis (estribilho)” Sabe uma coisa? Já sabemos que saber ocupa lugar – mas isso não é desculpa: tem lugar de sobra, meu! Põe essa cabeça pra funcionar!"*

Coloque essa cabeça pra funcionar ela são é feita só pra você ir gastar seus trocados no cabeleireiro. Use um pouco desses milhares de neurônios, se é que há isso ainda em seres-humanos. Não queira abrir sua cabeça com a bala de um revolver, cara! Não há suicídio que não se cure com um bom trago em uma boa cerveja, muito gelada de preferência!
Amanhã é outro dia e talvez, quase sempre, vamos deixar o dia de hoje e ver o jornal hoje de amanhã e então sua cabeça se enche de preocupação e você cura comendo um mc lanche feliz. Fácil, né, não?

* Trecho do Livro Nossa Senhora da Eutanásia do grandessíssimo meu caro Mauro Bartolomeu

terça-feira, 7 de julho de 2009

Um sonho!

Triste, não sei... talvez não, mas muito aventureiro. É o seguinte:
Estava eu no meu lindo e maravilhoso tapete voador, meio irreal, mas era sonho. Olhava bem lá do alto e via tudo o que queria, e algumas vezes minha visão ultrapassava as paredes. Acho que pelo fato de estar ao lado da lua a podemos fazer tudo, talvez, quem sabe. Faz de conta que eu quis separar tudo o que estava acontecendo de ruim e por um momento queria ver só o que ocorria de bom. O fato é que eu só consegui ver pessoas dormindo! Será que as pessoas só fazem algo de bom, de coração mesmo, dormindo? Quis em um minuto olhar o que estava acontecendo de ruim... Ah! Impossível, eu não consegui distinguir nada.

Pensei, já que eu via o que queria, talvez se eu olhasse bem no fundo da alma de algumas pessoas pudesse ainda sentir um pingo de esperança. Claro, há esperança, eu consegui ver tantas coisas boas que não são feitas por barreiras totalmente supérfluas. Eu vi também que todos são crianças, todos precisam de uma base e quando a perdem ficam desesperados e é até bonito ver alguém implorando essa base, pois no fundo todos sabem que vão ter e as vezes implorar é bom, porque só ai vai dar o verdadeiro valor. Sei que pessoas precisam apenas de amigos verdadeiros e que lhe aconselharam de verdade, mas se no coração desse amigo houver amargura ele nem sempre aconselhara da melhor forma. Por isso conheça teus amigos como a ti mesmo, se não der, tente o mais perto possível disso.

- Ahhhhhhh! - Estava caindo muito rápido e nem notei que embaixo de mim não havia mais tapete... - De repente abri os olhos e lá estava, salvo e aconchegado no teu coração!
Amo te amar!

domingo, 5 de julho de 2009

Orgias Neuróticas

Não sei, parece que eu sou um fio, o coração bate e eu sinto no corpo inteiro. Sintomas de tristeza? Eu não sei mais qual sentimento me afeta. Não sou de pedra e nem sou o homem-gelo, sou como qualquer um. Apenas penso em coisas diferentes, talvez nem sejam tão complexos meus pensamentos, talvez todos pensem assim e não assumem. Todos me julgam pela minha grosseria. Acho que a minha grosseira é fruto da sinceridade que eu tenho ao falar o que eu penso. É ruim, sentir um vazio e não poder ter onde correr. Eu procurei isso, eu vou arcar com isso.
Olho em tudo a minha volta. Estaria eu procurando refúgio? Não sei nem o que escrever, não sinto inspiração. Tá, talvez eu nunca soube o que escrever. Já pensou em um abismo? Tentou escrever sobre ele? Ah! Pára. Eu não sou assim. Abismo? Morte? Deus? Não sei. Tudo é diferente para cada pessoa. Devo realmente estar passando por uma grande "Orgia Neurótica", talvez minha grande vontade de ser grande me deixa cada vez mais um bebê, ou talvez eu seja grande. Não sou um Super-ego, não me acho nada, eu sou nada. Olha a grandeza desse imenso mundo, como um ser humano pode ser alguma coisa? Desculpa "Ecce Homo", Nietzsche e alguns pensadores foram. Não me inspiro em tais, apenas reconheço pensamentos comuns guardados comigo, pois sei que muitos não compreenderiam e muitos iriam com um certo pedantismo me julgar e isso eu não aguento mais.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Cuba! O que eu aprendi?

Com essa viagem, consegui ter uma noção do que é um país comunista. Foi pouco tempo em Cuba, mas estar lá entre o pessoal que moram e amam o país é uma experiência deliciosa e única. Por isso eu guardarei essa viagem em minha cabeça para o resto de minha vida, e todas as lições de humildade, de cultura e de companheirismo que lá eu aprendi serão essenciais para meu desenvolvimento como homem e como uma pessoa que poderá discutir vários aspectos com várias pessoas diferentes. Porém como lá eu resolvi ser mais observador, e tentei conhecer ao máximo as pessoas, não conversando ou discutindo sobre Brasil e Cuba, mas sim olhando as maneiras como pessoas tratam pessoas e como são as alegrias, gestos e tudo o que se passa no povo Cubano. Esse nosso breve contato me trouxe uma comparação bem interessante. Eles parecem muito com o povo brasileiro, na maneira de falar, brincar, rir, de tratar os outros e tudo. Porém eu nunca havia visto em alguém a forma de como eles recebem as pessoas. Mesmo que mal conhecem a gente já conversam muito, compartilham o que tem de interessante. Penso que se muito mais pessoas daqui fossem à Cuba o nosso povo poderia aprender com eles, e eles com a gente. Pois somos semelhantes, mas temos algumas coisas diferentes, e isso pode unir muito mais o nosso povo ao povo de lá. Completando ambos e trazendo muito mais conhecimentos para os que querem entender o nosso sistema e o sistema deles. A complexidade das diferenças entre os dois sistemas fazem com que muitos confundem as coisas e nunca vão entender o que é lá e nem o que é aqui, mas se viver um pouco, nem que seja uma semana, mas viver de verdade. Fazer o que eles fazem, agir como eles agem, comer, vestir e andar como eles. Tudo isso é uma forma de acabar com um péssimo estereótipo e pode abrir a cabeça para vários assuntos e discussões. A viagem para mim não tem preço, nem como explicar. É único, é o que me fez crescer muito politicamente e também socialmente.
Acredito no bem que essa viagem me fez e agradeço aos que me deram essa oportunidade.

“Solitária, entre gigantes. Causadora de inveja e criadora de inimigos egoístas, assim sou eu, A Ilha, A Pra Sempre CUBA.”

domingo, 10 de maio de 2009

Diário da viagem do meu sonho.

Um relato sobre a nossa viagem. Eu, Filipe e Robson aproveitamos desta viagem o máximo possível e quase o impossível. Vimos e fomos a lugares onde turistas não vão e vivemos momentos inesquecíveis e impagáveis.
Espero que gostem deste breve relato. E acreditem eu fui imparcial em minha escrita. Se querem um conselho meu aí está: Vão à Cuba, e vivem o país.




Dia 28 – Primeiro Dia
Primeiro dia é foda, não é? Saímos de Ribeirão Preto as 10h30min, paramos apenas no posto de Limeira, compramos lanches e fomos comendo no carro pra ganhar tempo e dar para ver o filme Che – El Argentino. Chegamos a São Paulo às 14h, transito do inferno. Quase perdemos o filme, ainda bem que não perdemos, chegamos e já estava passando os trailers. Bom, o filme dispensa comentários, bom demais.
Após a sessão pegamos novamente o transito dos infernos novamente, como é estressante aquilo. Deixamos o carro estacionado e fomos dar uma volta a pé e achar lugar para jantar. Andamos muito e achamos apenas uma padaria bonitinha e que servia uns pratos gostosos. Passamos ali uns 40 minutos e depois fomos pegar aquele transito de novo e ir para o estacionamento deixar o carro para ir ao aeroporto. Chegamos ao aeroporto e ficamos muito tempo esperando o vôo.
Enfim, o avião. Para mim foi bem legal, primeira vez é tudo bom não é. Ver a cidade de São Paulo do alto a noite é muito da hora.
Bom, aqui estou agora no vôo e tentarei dormir, pois o amanhã é longo.

“A Saudade só é compreendida por aquele que a paixão é maior do que a razão.”

Dia 29 – Segundo Dia
Pousamos no Panamá, ficamos rodando no freeshop umas 2 horas. Em meio a produtos variados e de primeiro mundo, eu com dinheiro na mão não senti vontade de gastar. Não lembro a hora exata, mas era mais ou menos 10h (local) quando embarcamos ao avião que nos levará a Havana. Não tenho muito que escrever, estou com muita dor de cabeça, rachado de sono, mas não durmo fácil, pois sei que está chegando, ansiedade e curiosidade tomam conta de mim. Fico imaginando como será. Será que vou superar minhas expectativas, vou me decepcionar, pois pode não ser tudo que pensei, vou me surpreender, pois tudo pode ser o mais incrível possível. Não sei, ainda não cai na real, só cairei quando pisar no aeroporto José Marti, coração na boca literalmente. O Robson do meu lado tentando dormir, o Filipe na fileira ao lado lendo algo.
Aqui têm muitas pessoas com mascaras, medo da gripe suína, nós não temos, por isso estamos sem. Embora eu acredite que não têm problemas, confesso que estou um pouco “cabreiro” quanto a isso.
Enquanto um minuto parece um século estou aqui, tentando passar o tempo. O vôo está tranqüilo, acho que em menos de uma hora vamos chegar ao destino tão esperado e sonhado.
Estou louco por um banho e depois ver o primeiro dia nosso em Cuba. Não sei por que, mas estou com mau pressentimento em relação a minha bagagem. (kkkk) Bobeira minha... Vou parar de escrever agora, estou cansado. O piloto falou algo, mas como sempre não entendi.

“O consumo é o prazer da cobiça.”
“A cobiça é o prazer do homem.”

Continuação Dia 29 – Na Ilha
Enfim, chegamos. Minha primeira impressão não tem como descrever. É mágico, eu não imaginava que chegaria aqui e seria assim, realmente boquiaberto, impressionado demais. Nunca vi nada igual, não sei se é pela admiração que eu tenho pelo país, não sei se é pelo povo. Não vou explicar o inexplicável agora.
Estou escrevendo na frente de uma vista maravilhosa, espetacular... Agora vou sair e mandar e-mails para avisar todos.
Voltei e ainda não mandamos os e-mails. Não importa. Fomos conhecer o Malecon, Avenida de Havana. Simples e puramente lindo. Que lugar gostoso de ficar. Aquela brisa intensa, aquela água cristalina. Em mim existiu uma mistura de sentimentos imensos, surpresa, admiração, paixão. É único esse lugar, gostoso demais para passar tardes e noites sentados naquele muro, e só sentindo o vento e a água bater. Tiramos fotos maravilhosas desse lugar e conhecemos um Cubano, Liona (se não me engano). Conversamos uns 30 minutos com ele, muito gente boa o rapaz. Após ficarmos algum tempo curtindo a vista, a brisa e a alegrida de Malecon nós viemos ao hotel e cá estamos descansando um pouco, pois já sairemos hoje a noite. Nosso primeiro “mini” passeio me deixou muito leve e feliz demais.
Não vim aqui discutir política, nem julgar brasileiros e muito menos cubanos. Vim pois, a barreira que essa viagem vai quebrar na minha mente é algo impagável e uma oportunidade dessa é única, estou aqui e aqui vou curtir o máximo possível. Sei que chegarei ao Brasil outra pessoa e espero passar isso a todos outros que for possível e que tenham a cabeça um pouco aberta.

“Quando existem duas extremidades o equilíbrio é o sábio.”

Continuação Dia 29 – Noite.
Após com muita pressa conseguir mandar o e-mail nós saímos para jantar. Comemos um Pollo frito (frango) com arroz e feijão preto, simples, gostosa e barato. Lá como não tem carne de boi o que mais vende é Pollo, que é frango, Cierdo, que é porco e Pescado, peixe. E o melhor, a comida veio muito rápido.
Fomos ao El Gato Tuerto, ficamos um tempinho esperando a Mari chegar, chegou e conhecemos a Maricela, muito gente boa ela viu. Entramos no Barzinho. Muito Bonitinho lá, musiquinha ao vivo e tal. Conversamos muito com a Mari, que como mora na ilha tínha muita conversa. Robson, Mari e eu tomamos uns mojitos e viemos embora. Antes de vir deitar nós fomos ao Turquino, uma baladinha do hotel. Legal, fomos lá e rolava os "psy's" da vida, mesma coisa que aqui. Várias pessoas dançando e tal. Várias prostitutas lá, uma me chamou a atenção e eu ri, ri, ri... e ri muito mais. O motivo é que ela tinha uma perna só (pecado né). Mas, eu já sabia dela, porém não acreditava muito no Robson e no Guilherme, mas quando eu vi ela lá eu não aguentei mesmo. Eu queria perguntar se ela cobrava metade, aliás ela tem uma perna só (haha). Outro dia eu vou perguntar e certeza, darei uma rasteira em uma perna só dela, na outra não (haha) e sairei correndo para ela não me chutar (brincadeira, haha... Mas não resisto a umas coisas dessas.)
Agora estou aqui escrevendo deitado na cama. Fiquei feliz em conhecer a Mari, pois ela mora lá esse contato com ela foi essencial para tirar dúvidas e curiosidades. Esse foi o resumo do primeiro dia na Ilha. E estou maravilhado, impressionado mesmo.

“A socialização é ir além de conhecer outro ser, é ir à busca da compreensão mutua.”

Dia 30 – Terceiro Dia
Boa noite, hoje nosso segundo dia e estou ainda mais maravilhado com essa linda ilha caribenha. O prazer de estar aqui é indescritível, sério, estou tão feliz.
Tomamos um taxi e descemos perto do museu da Revolução, é lindo. Um verdadeiro Palácio. Havia lá informações variadas, tudo sobre a revolução na verdade. Várias fotos, ferramentas usadas, várias escritas, roupas e tal. E os aviões, tanques, carros e o Granma, barco que foi usado para trazer os revolucionários a Cuba, grande parte deles morreram no caminho, apenas 17 chegaram vivos e só 12 viram o triunfo da revolução.
Depois domos dar uma volta em Havana Velha. Confesso que achei que seria feio, bagunçado, mas felizmente eu estava muito errado. Nossa senhora, só visitando mesmo para terem noção de como é legal. Mais um lugar para ficar na minha memória pra sempre. Havana Velha é repleta de vielas e têm uns casarões antigos, mas bem conservados. O movimento das vielas é imenso, pessoas indo e vindo em todas as partes. Andamos demais a pé, vimos imagens lindas, entre elas a Catedral, na Praça da Catedral, lugar que faz brilhar os olhos e a Catedral tem uma arquitetura que dá inveja demais nos arquitetos de hoje, cada detalhe é de tirar o nosso já pouco fôlego. Após a Catedral decidimos ir almoçar e isso já era 16h, nem vimos à hora passar tanto assim. Fomos então comer pizza. Uma pizza não muito boa, mas nem um pouco ruim. Comemos e tomamos Tucola, que é o refrigerante de cola da ilha e como um bom viciado em Coca-Cola eu estou tomando só Tucola que não deixa a desejar. Resolvemos vir embora e enquanto estávamos indo ao Malecon pegar um taxi, numa praça existia várias barraquinhas de livros e eu comprei um que estava afim de ler, chama-se: Evocacion, de Aleida March, esposa de Che que escreveu sobre ele, mas não sobre o Che revolucionário, e sim como homem, marido, pai e tudo mais. Comprei em espanhol, vou apanhar para ler, porém será ótimo. Depois vimos uma ótima feirinha de artesanato, onde me apaixonei por um mapa de Cuba feito em couro, mas ainda não comprei, pois vamos comprar tudo no ultimo dia. Tiramos muitas fotos dos Fortes de Havana construídos para defender a ilha de piratas. Os fortes são lindos e muito conservados. Vendo as fotos da para ter uma noção, mas nada como ter visto assim, frente a frente.
Chegamos ao hotel e eu fui tomar um ótimo e demorado banho. Agora estou aqui escrevendo, acabei de ver um pôr-do-sol lindo demais. Agora são 20h20min e está escurecendo, coisa de louco não é? Um país que tem sol o ano inteiro, praias maravilhosas e tarde assim que começa a ficar escuro. Realmente é um paraíso, além de tudo isso o povo daqui é demais também. Não tem como escrever como é estar aqui.
Vou parar por aqui, logo mais vamos jantar e depois vamos a um barzinho que chama La Zorra y El Cuervo, depois escrevo mais.

“O protecionismo protege o império e a consciência protege o que é belo.”

Continuação Dia 30 – Noite
Incrível, sem palavras para o dia de hoje, especialmente para a noite. Como já havia escrito, nós fomos ao La Zorra y El Cuervo, e estou impressionadíssimo. Primeiro por que virei fã numero um de Jazz, pois no barzinho havia um grupo de Jazz de primeira classe e o som do grupo é simplesmente lindo e em muitas partes me deixou pasmo. O mais incrível da noite foi que ao lado de nossa mesa sentaram duas simples moças e até certo momento não havia chamado nossa atenção, até que a Mari nos disse que eram nada mais do que as netas do Che, nisso o nosso coração isparou e iríamos logo tirar fotos, porém a Mari disse que ninguém comenta disso com elas, pois é a vida particular e ela não gostam, pois enche de gente querendo vê-las e por isso não tiram fotos. Mas eu sou eu não é?! E não sairia de lá sem fotos delas e se possível, com elas. Como sou cara-de-pau cheguei atoa e puxei conversa como se não soubesse quem eram elas e blá blá blá. Nisso elas ficaram de boa, pois acharam que não sabíamos de nada e após o show acabar elas iriam embora e eu pedi para tirar uma foto com elas, pois queríamos varias fotos de Cubanos e tal. E nós conseguimos. Imagina a nossa felicidade.
Conhecemos também Yayma, uma cubana muito legal e muito bela também. Conversamos muito com ela e com a Mari e foi isso. Uma noite simples, mas com um significado enorme para mim. Ficará para a vida inteira. Agora estou no aguardo de amanhã, pois o 1° de Maio será perfeito.

“O anonimato deixa transparecer o que realmente a pessoa é.”

Dia 1° de Maio – Quarto Dia
Viva Cuba Libre!

Após ir dormir muito tarde, acordamos muito cedo e logo olhamos à janela e vimos as ruas recheadas de gente. Nunca no Brasil eu vi algo assim, e olha que é o dia do trabalho. Arrumamos-nos em 15 minutos e descemos correndo, pegamos uns pãezinhos e fomos comendo na rua mesmo.
Cara, que espetáculo, o nacionalismo, o respeito e o companheirismo são coisa de louco. Nossa! Tinha muita gente, muita gente mesmo. É muito lindo, muito organizado. E fizemos sucesso com a bandeira do Brasil, todo mundo gosta do nosso país. Conhecemos muita gente hoje, muitos brasileiros também. Tiramos muitas fotos e pegamos amizade com uma professora brasileira e uma universitária também brasileira que está aqui fazendo uma pesquisa para o seu trabalho de TCC de Relações Internacionais, ela nos explicou muita coisa do que aprendeu no país, foi massa trocar idéias com ela, seu nome é Thalita Oshiro. Thalita passou à tarde conosco, pois já conhecia a Mari. Voltando ao desfile... Lá na praça onde todos se encontraram é muito legal, um verdadeiro mar de gente. Realmente me impressionou mais uma vez a humildade do povo e o respeito pela pátria, pela bandeira. Coisa linda de se ver. A sensação de estar em um desfile desses é uma coisa única, é de emocionar e arrepiar mesmo. Praça da Revolução dispensa comentários, além da história, além da estatua de José Marti, a multidão me contagiou. E no fim do desfile conheci mais muitos brasileiros e um deles é Palmeirense e me deu à ótima noticia de que meu verdão havia classificado.
À tarde passamos na nossa área de piscina aqui no hotel, lá estávamos, eu, Filipe, Robson, Mari, Thalita, Yayma e sua mãe. Absorvemos o máximo possível de toda conversa e isso me fez um bem inestimável.
À noite fomos a bar chamado El Sauce, perfeito, não só pela musica, mas sim por que lá não é um bar de turistas e sim um bar para Cubanos e conhecemos muita gente interessante. Conhecemos o Guilherme, um brasileiro que deu uma de louco e veio com a cara e a coragem tentar estudar musica na ilha, sem saber espanhol, sem ter onde ficar e tal. Mas felizmente ele conseguiu ingressar na universidade e hoje ele é formado e em julho vai voltar ao Brasil com uma bagagem social incrível. Amanhã eu conto como foi difícil vir embora (haha), pois já é 5 da manhã e nós vamos para Santa Clara amanhã. Vindo embora – Fomos os últimos a sai do El Sauce e foi foda, não tinha taxi e nem ônibus. O que fazer? Ah! Sim, ir a pé, porém estamos a uns 15 km do hotel. As ruas todas escuras e nós em 8 pessoas. Andamos uns 5 quarteirões e passou uma Maquina. O que é uma Maquina? Um carro grande, pau velho mesmo, o principal meio de transporte depois do ônibus para o pessoal cubano. E o pessoal anda muito apertado mesmo. Mas para quem não tinha opção isso foi ótimo e também andar num veículo desses ia ser ótimo para nós sabermos um pouco mais do cotidiano do pessoal. Mas aí entra outro porém, um pouco mais complicado, a Maquina não pode levar turistas. Ah! Então como nós somos turistas e não falamos porra nenhuma de espanhol eles foram negociar, daí o Guilherme, o brasileiro, disse que éramos amigos deles e que éramos estudantes também e tal. Demorou mas conseguimos. Tudo bem estávamos em 10 dentro do carro, pois estávamos em 8 mais os dois cara da Maquina. Andamos uns três minutos e a policia nos parou, pois achou que todos eram turistas, pela hora e o tanto de gente que havia no carro. Eles disseram que resolveriam rápido. Foram falar com os policiais e não foi nada rápido, após uma longa discussão a questão dos turistas foi eliminada e aí começaram a procurar problemas para multar os caras e foi mais uns 20 minutos e isso na periferia escura, quase 4hrs da manhã e enquanto isso nós riamos muito alto e falávamos muito alto também. Enfim, conseguimos nos livrar dos policiais, mas eles os multaram por excesso de velocidade. E para nós isso foi uma puta de uma experiência, nessa noite vivemos Cubanos, e foi isso. Pode ser bobeira, mas para nós que não somos acostumados com isso foi muito legal ter esse contato com o cotidiano dos cubanos, mesmo que por pouco tempo, mas foi muito da hora.

“Exaltando o ser em vez do ter é o primeiro passo para a liberdade.”

Dia 02 – Quinto Dia
Hoje após ter dormido muito pouco fomos para Santa Clara. Eu, Robson, Filipe e Mari. Não é perto, é a 300 KM daqui. Imagina o nosso sono, desde que chegamos aqui nós dormimos no máximo 10 horas. Mas temos que curtir e é isso que estou fazendo. Dormir é perda de tempo, (haha), não viemos perder tempo dormindo, isso fazemos em Ribeirão mesmo.
Então, em Santa Clara tem o memorial do Che. Mesmo sem ter esculturas e arquiteturas famosas o lugar me fez sentir algo único e inexplicável. Fiquei emocionado pra caralho, sem brincadeira, foi muito forte o que eu senti. Não porque eu vi o tumulo do Che, mas sim porque eu nunca imaginei ficar tão perto assim do comandante, e pelo tanto que eu leio, tanto que eu gosto e admiro o herói do mundo. E isso fica claro no memorial, tem gente do mundo inteiro lá, admirando os feitos do comandante.
Depois do memorial, nós invadimos Santa clara, fomo ao centro ver o trem das armas do exercito de Batista que foi descarrilado pelos revolucionários, a partir desse descarrilamento a vitória da revolução foi inevitável. Nós fizemos uma filmagem lá, dramatizando o ataque ao trem, muito cômico. Uma turca apaixonou-se pelo Robson, pois disse que ele parecia o Che. E ficamos conversando muito com umas senhoras que trabalhavam ali na praça. Neste trem, ou nesses vagões na realidade, tem uns objetos, armas, fotos e ofícios usados pelos revolucionários. Interessantíssimo lá. Então em Santa clara, além de ver o memorial do Che, vale a pena ir ver os vagões. Após isso fomos a uma linda praça e vimos arquiteturas lindas e ficamos um tempinho lá.
Na viagem de volta, todos cansadíssimos e mesmo assim não descansamos nada e nos arrumamos tão rápido para poder sair de noite que o Robson (tiozão né?!) tava quase sem fôlego (haha). Fomos novamente ao El Sauce e de novo conhecemos pessoas novas e quase todas essas pessoas são músicos. Alias como tem músicos na ilha, fiquei impressionado.
Ao vir embora, Filipe e eu fomos ao Malecon. Isso já era 3 e meia da matina. Muito da hora lá, e muito lotado de gente. Ficamos certo tempo e depois subimos para descansar, pois ninguém é de ferro.

Dia 3 – Sexto Dia
Depois de conseguir dormir umas três horas, acordamos e fomos a praia e PUTA QUE PARIU, que praia linda. Fiquei admirado, o mar do Caribe é realmente muito lindo.
Divertimos-nos bastante, deu pra cansar muito. Tentei fazer um pouco de malabares com Swing (haha), sou muito tosco, mas não da nada, o vento tava forte e não ajudou. Após curtir bem aquele mar lindo e aquela paisagem maravilhosa, fomos de volta ao hotel, tomamos um banho bem rápido e fomos curtir a noite cubana de novo. Dessa vez foi a mais cubana de todas, pois fomos a um concerto em uma praça publica e também não havia turistas além de nós. Gravei alguns trechos das músicas que realmente são muito bem feitas, e eu fiquei bem admirado com o som deles mesmo. Fiquei um tempão sentado no meio da praça só curtindo. Imagine se no Brasil iria rolar uns concertos desses, e também se os artistas ficariam ali, trocando uma idéia com você que ele nunca viu na vida e tal. Ainda por cima quem pagou aquele concerto foram os próprios músicos. Isso é paixão não é? Tivemos contato com muitos músicos, inclusive com os mais pop’s da ilha. Foi uma noite extremamente cubana, e muito gostosa. Conversamos, aprendemos, rimos e fomos muito bem recebidos pelo pessoal. Fizemos algumas entrevistas e logo fomos ao hotel jantar, isso às 2 da manhã. Jantamos e descemos um pouco ao Malecon, pois o mar a noite fica lindo. Um tempo enrolando ali e subimos e fomos deitar. O dia que mais deitamos cedo, pois amanhã será a nossa partida, infelizmente.

“A liberdade é a cura da humanidade, desde que o livre tenha consciência.”


Dia 4 – Sétimo Dia
Puta! O dia foi o mais corrido. Começou muito corrido. Só de imaginar que o ônibus para nos levar ao aeroporto iria nos pegar as 13hrs e nós deixamos para comprar tudo no ultimo dia, já deu um nervosismo foda, uma correria muito apertada.
Fomos à feirinha, lá perto de Havana Velha. Feirinha que eu já comentei em algum momento atrás, feirinha grande, com variadas coisas. Porém (esse “porém” é um problema viu?!), a feirinha estava fechada. Naquele desespero, isso já quase as 11hrs da manhã, tivemos de ir à outra feirinha, muito menor e com muito menos variações de produtos e preços. Não da nada. Compramos tudo que deu ali mesmo. As camisas que eu queria foram difíceis, fomos a uma loja e achamos apenas camisas feias e de má qualidade. Corremos para a lojinha do hotel, facada hein! Mas mesmo assim comprei algumas lá. Torrei o já pouco dinheiro que eu tinha lá. Após isso subimos muito, muito rápido mesmo e fomos arrumar nossas bagunças (e que tanto de bagunça viu?!). No ônibus conhecemos mais dois brasileiros que iriam vir embora (Poha, brasileiros é praga. Em todos os lugares conhecemos ao menos um). No aeroporto fizemos o que tinha que fazer e fomos almoçar correndo e mesmo assim fomos os últimos a entrar no avião. Agora estou aqui com muito sono, porque tudo o que não fizemos nessa semna foi dormir muito, ao contrario, dormimos muito pouco, mas não me arrependo nem um pouco disso. E agora, que chegue o nosso Brasil. Foi bom enquanto durou, mas a saudade do Brasil também bateu forte e já estaremos lá, são apenas 9 horas de vôo. (haha)



“O caminho é só um, amigo, e você é quem traça.”

Fernando Peracini – A melhor viagem da minha vida.