segunda-feira, 28 de setembro de 2009

À doce

Simples
Sorriso, beijos, afagos
A poesia espalhada nos lagos
Nos doces tons de azuis do céu

Boca de lado, estirada
Dentes claros, sorriam
Carícias, carinhos, abraços
Enclausurado só ao sol

Sol, sol, sol...
Formas simples dos desejos
Hei-a de me amar

Nesses versos meu amor
Nesses versos, sinceridades.
Hei-a de me amar. Hei-a!

domingo, 20 de setembro de 2009

Se amar

Avistava em tu os olhos mais lindos da Terra.
Minha doce alma terna
Se fosse feita de palavras, a mais linda poesia seria seu brilho
Se fosse feita de água, por mais doce que seja, seria o oceano mais belo
E o ar leve e simples que passa em meu pulmão... Você, doce alma
A natureza dos meus sorrisos,
Os sonhos
Súplices abraços
E os melhores beijos
Beijos

Uma pausa
Respiros ........
Me enche a vida
Sóbria morena!
Amar, amar e amar
Se mais... Amar!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Desafetos

Repensar repensar
Putaquepariu
Sei-lá
Sei-lá

Parece não estar bem
O problema: Eu
Que fardo
Ou ossos
Eu e você
Há tempos
Há modos
brigas, fotos
Impossível esquecer
Pare o ar
Tire-me as águas
Entro em desespero
Posso existir
Sem rosto
Sem graça

Hoje eu vou...
Se voltar
Talvez nem seja eu
Mas posso ficar
Se quiseres o meu amor.

sábado, 12 de setembro de 2009

Porre

Eu pareço um bêbado maltrapilho que só pensa em coisas banais. Pro alto é jogado os dinheiros e os serviços... Agora eu corro com o meu instinto e não quero preocupação. Entre uma prostituta e outra eu gozo e vou embora. Na minha casa, enterrado no sofá e cheio de latas de cervejas jogadas no chão e meio às baratas que levam minhas bitucas de cigarro para fora. A comida, vários pedaços de pizza de não sei quando e eu mal como. Só não me faltam a cerveja e o meu café. Os cigarros enrolados em papel dos piores livros que tenho em casa me trazem um conteúdo diferente. Já não uso meus chapéus, e cabelo... Cabelo eu nunca tive. Enquanto o mundo se mata em um comendo o outro literalmente pra crescer socialmente, puxando os tapetes e causando intrigas eu apenas me viro e reviro em casa e às noites eu me perco nos bares e cabarés atrás das mais safadas garotas da noite. Porque esse sou eu e o mundo que se foda. Eu vivo da minha maneira, enquanto você se estressa e é politicamente correto atrás de seus sonhos de consumo... Eu me mato em meio aos prazeres ilícitos da vida. Essa minha barba por fazer incomoda o mundo dos otários, mas a minha loura liquida não reclama de minha barba, bigode e língua. Usava aqueles óculos fundo de garrafa, mas hoje a minha miopia não me atrapalha, mesmo se tivesse com os óculos, meu mundo hoje é torto e embaralhado. No fim da linha o meu e o seu lugar serão o mesmo e dentro do caixão as minhas lembranças das noitadas me deixarão vivo por mais tempo e suas lembranças brutas como os carros e as casas serão de outras pessoas e nem seu cheiro mais o fará diferença. Não quero que você vire minha sombra, nem quero que siga essas minhas atitudes bestas... Mas se vieres me dar um sermão eu te largo falando sozinho e vou beber.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sol e Café

Gosto do cheiro do café
ouvindo Dylan e sua gaita
a tarde chuvosa ganha prestígio
no olhos o brilho da luz
e o sol longe
não mais clareia o dia
o começo de uma nova profecia
dizem que a escuridão é tomada
por demônios
demônios demônios demônios
interiores, não se vê
se sente no calor no inverno
mas logo chega o verão
mas o sol...
o sol ainda não chegou
e a chuva ainda me lembra o Dylan
e sua gaita com cheiro de café
e os meus olhos ainda brilham a luz
artificial,
pois o sol ainda não chegou...

domingo, 6 de setembro de 2009

Momentos Mortos

Naquele dia, chuvoso
Apenas o barulho das gotas
No surrado telhado
Você acordou hoje cansado
Quis um mundo só seu
E não foi possível
O fardo carregado
Das dores acumuladas
São demais para sua cabeça
Seus pensamentos maléficos
Seus atos insanos

Não se trata de loucura
Muito menos de doença
A questão é o cansaço
A fadiga do mundo cheio de regra
Sempre foi apaixonado pelo obscuro
Andando na chuva, o rosto molhado
Escorrem as gotas, parecem lágrimas
Mas você sabe
Há tempos suas lágrimas secaram
Mas a liberdade de sentir
A brisa da chuva no corpo gelado
É momento único e o tempo
O tempo que se perdeu
Seguindo todos, esse tempo
Não volta

Hoje você recomeça
E depois de uma noite de sono
Os sonhos novos se foram
Como a gota...
Que molhou tua consciência!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Amor

O poeta louco
Nos seus devaneios
Escreve escreve escreve
Ele sonha acordado

Pensa milhares de assuntos
As fórmulas escritas
Congelam o som de seus dedos
Cravam no lábio o dente

Os olhos se reviram
Em cabeças esparramadas
Os assuntos fluem
O vento traz o arrepio

O poeta escreve
Transforma o arrepio em verso
E não importa essa fórmula
A essência sempre é O Amor!