domingo, 10 de maio de 2009

Diário da viagem do meu sonho.

Um relato sobre a nossa viagem. Eu, Filipe e Robson aproveitamos desta viagem o máximo possível e quase o impossível. Vimos e fomos a lugares onde turistas não vão e vivemos momentos inesquecíveis e impagáveis.
Espero que gostem deste breve relato. E acreditem eu fui imparcial em minha escrita. Se querem um conselho meu aí está: Vão à Cuba, e vivem o país.




Dia 28 – Primeiro Dia
Primeiro dia é foda, não é? Saímos de Ribeirão Preto as 10h30min, paramos apenas no posto de Limeira, compramos lanches e fomos comendo no carro pra ganhar tempo e dar para ver o filme Che – El Argentino. Chegamos a São Paulo às 14h, transito do inferno. Quase perdemos o filme, ainda bem que não perdemos, chegamos e já estava passando os trailers. Bom, o filme dispensa comentários, bom demais.
Após a sessão pegamos novamente o transito dos infernos novamente, como é estressante aquilo. Deixamos o carro estacionado e fomos dar uma volta a pé e achar lugar para jantar. Andamos muito e achamos apenas uma padaria bonitinha e que servia uns pratos gostosos. Passamos ali uns 40 minutos e depois fomos pegar aquele transito de novo e ir para o estacionamento deixar o carro para ir ao aeroporto. Chegamos ao aeroporto e ficamos muito tempo esperando o vôo.
Enfim, o avião. Para mim foi bem legal, primeira vez é tudo bom não é. Ver a cidade de São Paulo do alto a noite é muito da hora.
Bom, aqui estou agora no vôo e tentarei dormir, pois o amanhã é longo.

“A Saudade só é compreendida por aquele que a paixão é maior do que a razão.”

Dia 29 – Segundo Dia
Pousamos no Panamá, ficamos rodando no freeshop umas 2 horas. Em meio a produtos variados e de primeiro mundo, eu com dinheiro na mão não senti vontade de gastar. Não lembro a hora exata, mas era mais ou menos 10h (local) quando embarcamos ao avião que nos levará a Havana. Não tenho muito que escrever, estou com muita dor de cabeça, rachado de sono, mas não durmo fácil, pois sei que está chegando, ansiedade e curiosidade tomam conta de mim. Fico imaginando como será. Será que vou superar minhas expectativas, vou me decepcionar, pois pode não ser tudo que pensei, vou me surpreender, pois tudo pode ser o mais incrível possível. Não sei, ainda não cai na real, só cairei quando pisar no aeroporto José Marti, coração na boca literalmente. O Robson do meu lado tentando dormir, o Filipe na fileira ao lado lendo algo.
Aqui têm muitas pessoas com mascaras, medo da gripe suína, nós não temos, por isso estamos sem. Embora eu acredite que não têm problemas, confesso que estou um pouco “cabreiro” quanto a isso.
Enquanto um minuto parece um século estou aqui, tentando passar o tempo. O vôo está tranqüilo, acho que em menos de uma hora vamos chegar ao destino tão esperado e sonhado.
Estou louco por um banho e depois ver o primeiro dia nosso em Cuba. Não sei por que, mas estou com mau pressentimento em relação a minha bagagem. (kkkk) Bobeira minha... Vou parar de escrever agora, estou cansado. O piloto falou algo, mas como sempre não entendi.

“O consumo é o prazer da cobiça.”
“A cobiça é o prazer do homem.”

Continuação Dia 29 – Na Ilha
Enfim, chegamos. Minha primeira impressão não tem como descrever. É mágico, eu não imaginava que chegaria aqui e seria assim, realmente boquiaberto, impressionado demais. Nunca vi nada igual, não sei se é pela admiração que eu tenho pelo país, não sei se é pelo povo. Não vou explicar o inexplicável agora.
Estou escrevendo na frente de uma vista maravilhosa, espetacular... Agora vou sair e mandar e-mails para avisar todos.
Voltei e ainda não mandamos os e-mails. Não importa. Fomos conhecer o Malecon, Avenida de Havana. Simples e puramente lindo. Que lugar gostoso de ficar. Aquela brisa intensa, aquela água cristalina. Em mim existiu uma mistura de sentimentos imensos, surpresa, admiração, paixão. É único esse lugar, gostoso demais para passar tardes e noites sentados naquele muro, e só sentindo o vento e a água bater. Tiramos fotos maravilhosas desse lugar e conhecemos um Cubano, Liona (se não me engano). Conversamos uns 30 minutos com ele, muito gente boa o rapaz. Após ficarmos algum tempo curtindo a vista, a brisa e a alegrida de Malecon nós viemos ao hotel e cá estamos descansando um pouco, pois já sairemos hoje a noite. Nosso primeiro “mini” passeio me deixou muito leve e feliz demais.
Não vim aqui discutir política, nem julgar brasileiros e muito menos cubanos. Vim pois, a barreira que essa viagem vai quebrar na minha mente é algo impagável e uma oportunidade dessa é única, estou aqui e aqui vou curtir o máximo possível. Sei que chegarei ao Brasil outra pessoa e espero passar isso a todos outros que for possível e que tenham a cabeça um pouco aberta.

“Quando existem duas extremidades o equilíbrio é o sábio.”

Continuação Dia 29 – Noite.
Após com muita pressa conseguir mandar o e-mail nós saímos para jantar. Comemos um Pollo frito (frango) com arroz e feijão preto, simples, gostosa e barato. Lá como não tem carne de boi o que mais vende é Pollo, que é frango, Cierdo, que é porco e Pescado, peixe. E o melhor, a comida veio muito rápido.
Fomos ao El Gato Tuerto, ficamos um tempinho esperando a Mari chegar, chegou e conhecemos a Maricela, muito gente boa ela viu. Entramos no Barzinho. Muito Bonitinho lá, musiquinha ao vivo e tal. Conversamos muito com a Mari, que como mora na ilha tínha muita conversa. Robson, Mari e eu tomamos uns mojitos e viemos embora. Antes de vir deitar nós fomos ao Turquino, uma baladinha do hotel. Legal, fomos lá e rolava os "psy's" da vida, mesma coisa que aqui. Várias pessoas dançando e tal. Várias prostitutas lá, uma me chamou a atenção e eu ri, ri, ri... e ri muito mais. O motivo é que ela tinha uma perna só (pecado né). Mas, eu já sabia dela, porém não acreditava muito no Robson e no Guilherme, mas quando eu vi ela lá eu não aguentei mesmo. Eu queria perguntar se ela cobrava metade, aliás ela tem uma perna só (haha). Outro dia eu vou perguntar e certeza, darei uma rasteira em uma perna só dela, na outra não (haha) e sairei correndo para ela não me chutar (brincadeira, haha... Mas não resisto a umas coisas dessas.)
Agora estou aqui escrevendo deitado na cama. Fiquei feliz em conhecer a Mari, pois ela mora lá esse contato com ela foi essencial para tirar dúvidas e curiosidades. Esse foi o resumo do primeiro dia na Ilha. E estou maravilhado, impressionado mesmo.

“A socialização é ir além de conhecer outro ser, é ir à busca da compreensão mutua.”

Dia 30 – Terceiro Dia
Boa noite, hoje nosso segundo dia e estou ainda mais maravilhado com essa linda ilha caribenha. O prazer de estar aqui é indescritível, sério, estou tão feliz.
Tomamos um taxi e descemos perto do museu da Revolução, é lindo. Um verdadeiro Palácio. Havia lá informações variadas, tudo sobre a revolução na verdade. Várias fotos, ferramentas usadas, várias escritas, roupas e tal. E os aviões, tanques, carros e o Granma, barco que foi usado para trazer os revolucionários a Cuba, grande parte deles morreram no caminho, apenas 17 chegaram vivos e só 12 viram o triunfo da revolução.
Depois domos dar uma volta em Havana Velha. Confesso que achei que seria feio, bagunçado, mas felizmente eu estava muito errado. Nossa senhora, só visitando mesmo para terem noção de como é legal. Mais um lugar para ficar na minha memória pra sempre. Havana Velha é repleta de vielas e têm uns casarões antigos, mas bem conservados. O movimento das vielas é imenso, pessoas indo e vindo em todas as partes. Andamos demais a pé, vimos imagens lindas, entre elas a Catedral, na Praça da Catedral, lugar que faz brilhar os olhos e a Catedral tem uma arquitetura que dá inveja demais nos arquitetos de hoje, cada detalhe é de tirar o nosso já pouco fôlego. Após a Catedral decidimos ir almoçar e isso já era 16h, nem vimos à hora passar tanto assim. Fomos então comer pizza. Uma pizza não muito boa, mas nem um pouco ruim. Comemos e tomamos Tucola, que é o refrigerante de cola da ilha e como um bom viciado em Coca-Cola eu estou tomando só Tucola que não deixa a desejar. Resolvemos vir embora e enquanto estávamos indo ao Malecon pegar um taxi, numa praça existia várias barraquinhas de livros e eu comprei um que estava afim de ler, chama-se: Evocacion, de Aleida March, esposa de Che que escreveu sobre ele, mas não sobre o Che revolucionário, e sim como homem, marido, pai e tudo mais. Comprei em espanhol, vou apanhar para ler, porém será ótimo. Depois vimos uma ótima feirinha de artesanato, onde me apaixonei por um mapa de Cuba feito em couro, mas ainda não comprei, pois vamos comprar tudo no ultimo dia. Tiramos muitas fotos dos Fortes de Havana construídos para defender a ilha de piratas. Os fortes são lindos e muito conservados. Vendo as fotos da para ter uma noção, mas nada como ter visto assim, frente a frente.
Chegamos ao hotel e eu fui tomar um ótimo e demorado banho. Agora estou aqui escrevendo, acabei de ver um pôr-do-sol lindo demais. Agora são 20h20min e está escurecendo, coisa de louco não é? Um país que tem sol o ano inteiro, praias maravilhosas e tarde assim que começa a ficar escuro. Realmente é um paraíso, além de tudo isso o povo daqui é demais também. Não tem como escrever como é estar aqui.
Vou parar por aqui, logo mais vamos jantar e depois vamos a um barzinho que chama La Zorra y El Cuervo, depois escrevo mais.

“O protecionismo protege o império e a consciência protege o que é belo.”

Continuação Dia 30 – Noite
Incrível, sem palavras para o dia de hoje, especialmente para a noite. Como já havia escrito, nós fomos ao La Zorra y El Cuervo, e estou impressionadíssimo. Primeiro por que virei fã numero um de Jazz, pois no barzinho havia um grupo de Jazz de primeira classe e o som do grupo é simplesmente lindo e em muitas partes me deixou pasmo. O mais incrível da noite foi que ao lado de nossa mesa sentaram duas simples moças e até certo momento não havia chamado nossa atenção, até que a Mari nos disse que eram nada mais do que as netas do Che, nisso o nosso coração isparou e iríamos logo tirar fotos, porém a Mari disse que ninguém comenta disso com elas, pois é a vida particular e ela não gostam, pois enche de gente querendo vê-las e por isso não tiram fotos. Mas eu sou eu não é?! E não sairia de lá sem fotos delas e se possível, com elas. Como sou cara-de-pau cheguei atoa e puxei conversa como se não soubesse quem eram elas e blá blá blá. Nisso elas ficaram de boa, pois acharam que não sabíamos de nada e após o show acabar elas iriam embora e eu pedi para tirar uma foto com elas, pois queríamos varias fotos de Cubanos e tal. E nós conseguimos. Imagina a nossa felicidade.
Conhecemos também Yayma, uma cubana muito legal e muito bela também. Conversamos muito com ela e com a Mari e foi isso. Uma noite simples, mas com um significado enorme para mim. Ficará para a vida inteira. Agora estou no aguardo de amanhã, pois o 1° de Maio será perfeito.

“O anonimato deixa transparecer o que realmente a pessoa é.”

Dia 1° de Maio – Quarto Dia
Viva Cuba Libre!

Após ir dormir muito tarde, acordamos muito cedo e logo olhamos à janela e vimos as ruas recheadas de gente. Nunca no Brasil eu vi algo assim, e olha que é o dia do trabalho. Arrumamos-nos em 15 minutos e descemos correndo, pegamos uns pãezinhos e fomos comendo na rua mesmo.
Cara, que espetáculo, o nacionalismo, o respeito e o companheirismo são coisa de louco. Nossa! Tinha muita gente, muita gente mesmo. É muito lindo, muito organizado. E fizemos sucesso com a bandeira do Brasil, todo mundo gosta do nosso país. Conhecemos muita gente hoje, muitos brasileiros também. Tiramos muitas fotos e pegamos amizade com uma professora brasileira e uma universitária também brasileira que está aqui fazendo uma pesquisa para o seu trabalho de TCC de Relações Internacionais, ela nos explicou muita coisa do que aprendeu no país, foi massa trocar idéias com ela, seu nome é Thalita Oshiro. Thalita passou à tarde conosco, pois já conhecia a Mari. Voltando ao desfile... Lá na praça onde todos se encontraram é muito legal, um verdadeiro mar de gente. Realmente me impressionou mais uma vez a humildade do povo e o respeito pela pátria, pela bandeira. Coisa linda de se ver. A sensação de estar em um desfile desses é uma coisa única, é de emocionar e arrepiar mesmo. Praça da Revolução dispensa comentários, além da história, além da estatua de José Marti, a multidão me contagiou. E no fim do desfile conheci mais muitos brasileiros e um deles é Palmeirense e me deu à ótima noticia de que meu verdão havia classificado.
À tarde passamos na nossa área de piscina aqui no hotel, lá estávamos, eu, Filipe, Robson, Mari, Thalita, Yayma e sua mãe. Absorvemos o máximo possível de toda conversa e isso me fez um bem inestimável.
À noite fomos a bar chamado El Sauce, perfeito, não só pela musica, mas sim por que lá não é um bar de turistas e sim um bar para Cubanos e conhecemos muita gente interessante. Conhecemos o Guilherme, um brasileiro que deu uma de louco e veio com a cara e a coragem tentar estudar musica na ilha, sem saber espanhol, sem ter onde ficar e tal. Mas felizmente ele conseguiu ingressar na universidade e hoje ele é formado e em julho vai voltar ao Brasil com uma bagagem social incrível. Amanhã eu conto como foi difícil vir embora (haha), pois já é 5 da manhã e nós vamos para Santa Clara amanhã. Vindo embora – Fomos os últimos a sai do El Sauce e foi foda, não tinha taxi e nem ônibus. O que fazer? Ah! Sim, ir a pé, porém estamos a uns 15 km do hotel. As ruas todas escuras e nós em 8 pessoas. Andamos uns 5 quarteirões e passou uma Maquina. O que é uma Maquina? Um carro grande, pau velho mesmo, o principal meio de transporte depois do ônibus para o pessoal cubano. E o pessoal anda muito apertado mesmo. Mas para quem não tinha opção isso foi ótimo e também andar num veículo desses ia ser ótimo para nós sabermos um pouco mais do cotidiano do pessoal. Mas aí entra outro porém, um pouco mais complicado, a Maquina não pode levar turistas. Ah! Então como nós somos turistas e não falamos porra nenhuma de espanhol eles foram negociar, daí o Guilherme, o brasileiro, disse que éramos amigos deles e que éramos estudantes também e tal. Demorou mas conseguimos. Tudo bem estávamos em 10 dentro do carro, pois estávamos em 8 mais os dois cara da Maquina. Andamos uns três minutos e a policia nos parou, pois achou que todos eram turistas, pela hora e o tanto de gente que havia no carro. Eles disseram que resolveriam rápido. Foram falar com os policiais e não foi nada rápido, após uma longa discussão a questão dos turistas foi eliminada e aí começaram a procurar problemas para multar os caras e foi mais uns 20 minutos e isso na periferia escura, quase 4hrs da manhã e enquanto isso nós riamos muito alto e falávamos muito alto também. Enfim, conseguimos nos livrar dos policiais, mas eles os multaram por excesso de velocidade. E para nós isso foi uma puta de uma experiência, nessa noite vivemos Cubanos, e foi isso. Pode ser bobeira, mas para nós que não somos acostumados com isso foi muito legal ter esse contato com o cotidiano dos cubanos, mesmo que por pouco tempo, mas foi muito da hora.

“Exaltando o ser em vez do ter é o primeiro passo para a liberdade.”

Dia 02 – Quinto Dia
Hoje após ter dormido muito pouco fomos para Santa Clara. Eu, Robson, Filipe e Mari. Não é perto, é a 300 KM daqui. Imagina o nosso sono, desde que chegamos aqui nós dormimos no máximo 10 horas. Mas temos que curtir e é isso que estou fazendo. Dormir é perda de tempo, (haha), não viemos perder tempo dormindo, isso fazemos em Ribeirão mesmo.
Então, em Santa Clara tem o memorial do Che. Mesmo sem ter esculturas e arquiteturas famosas o lugar me fez sentir algo único e inexplicável. Fiquei emocionado pra caralho, sem brincadeira, foi muito forte o que eu senti. Não porque eu vi o tumulo do Che, mas sim porque eu nunca imaginei ficar tão perto assim do comandante, e pelo tanto que eu leio, tanto que eu gosto e admiro o herói do mundo. E isso fica claro no memorial, tem gente do mundo inteiro lá, admirando os feitos do comandante.
Depois do memorial, nós invadimos Santa clara, fomo ao centro ver o trem das armas do exercito de Batista que foi descarrilado pelos revolucionários, a partir desse descarrilamento a vitória da revolução foi inevitável. Nós fizemos uma filmagem lá, dramatizando o ataque ao trem, muito cômico. Uma turca apaixonou-se pelo Robson, pois disse que ele parecia o Che. E ficamos conversando muito com umas senhoras que trabalhavam ali na praça. Neste trem, ou nesses vagões na realidade, tem uns objetos, armas, fotos e ofícios usados pelos revolucionários. Interessantíssimo lá. Então em Santa clara, além de ver o memorial do Che, vale a pena ir ver os vagões. Após isso fomos a uma linda praça e vimos arquiteturas lindas e ficamos um tempinho lá.
Na viagem de volta, todos cansadíssimos e mesmo assim não descansamos nada e nos arrumamos tão rápido para poder sair de noite que o Robson (tiozão né?!) tava quase sem fôlego (haha). Fomos novamente ao El Sauce e de novo conhecemos pessoas novas e quase todas essas pessoas são músicos. Alias como tem músicos na ilha, fiquei impressionado.
Ao vir embora, Filipe e eu fomos ao Malecon. Isso já era 3 e meia da matina. Muito da hora lá, e muito lotado de gente. Ficamos certo tempo e depois subimos para descansar, pois ninguém é de ferro.

Dia 3 – Sexto Dia
Depois de conseguir dormir umas três horas, acordamos e fomos a praia e PUTA QUE PARIU, que praia linda. Fiquei admirado, o mar do Caribe é realmente muito lindo.
Divertimos-nos bastante, deu pra cansar muito. Tentei fazer um pouco de malabares com Swing (haha), sou muito tosco, mas não da nada, o vento tava forte e não ajudou. Após curtir bem aquele mar lindo e aquela paisagem maravilhosa, fomos de volta ao hotel, tomamos um banho bem rápido e fomos curtir a noite cubana de novo. Dessa vez foi a mais cubana de todas, pois fomos a um concerto em uma praça publica e também não havia turistas além de nós. Gravei alguns trechos das músicas que realmente são muito bem feitas, e eu fiquei bem admirado com o som deles mesmo. Fiquei um tempão sentado no meio da praça só curtindo. Imagine se no Brasil iria rolar uns concertos desses, e também se os artistas ficariam ali, trocando uma idéia com você que ele nunca viu na vida e tal. Ainda por cima quem pagou aquele concerto foram os próprios músicos. Isso é paixão não é? Tivemos contato com muitos músicos, inclusive com os mais pop’s da ilha. Foi uma noite extremamente cubana, e muito gostosa. Conversamos, aprendemos, rimos e fomos muito bem recebidos pelo pessoal. Fizemos algumas entrevistas e logo fomos ao hotel jantar, isso às 2 da manhã. Jantamos e descemos um pouco ao Malecon, pois o mar a noite fica lindo. Um tempo enrolando ali e subimos e fomos deitar. O dia que mais deitamos cedo, pois amanhã será a nossa partida, infelizmente.

“A liberdade é a cura da humanidade, desde que o livre tenha consciência.”


Dia 4 – Sétimo Dia
Puta! O dia foi o mais corrido. Começou muito corrido. Só de imaginar que o ônibus para nos levar ao aeroporto iria nos pegar as 13hrs e nós deixamos para comprar tudo no ultimo dia, já deu um nervosismo foda, uma correria muito apertada.
Fomos à feirinha, lá perto de Havana Velha. Feirinha que eu já comentei em algum momento atrás, feirinha grande, com variadas coisas. Porém (esse “porém” é um problema viu?!), a feirinha estava fechada. Naquele desespero, isso já quase as 11hrs da manhã, tivemos de ir à outra feirinha, muito menor e com muito menos variações de produtos e preços. Não da nada. Compramos tudo que deu ali mesmo. As camisas que eu queria foram difíceis, fomos a uma loja e achamos apenas camisas feias e de má qualidade. Corremos para a lojinha do hotel, facada hein! Mas mesmo assim comprei algumas lá. Torrei o já pouco dinheiro que eu tinha lá. Após isso subimos muito, muito rápido mesmo e fomos arrumar nossas bagunças (e que tanto de bagunça viu?!). No ônibus conhecemos mais dois brasileiros que iriam vir embora (Poha, brasileiros é praga. Em todos os lugares conhecemos ao menos um). No aeroporto fizemos o que tinha que fazer e fomos almoçar correndo e mesmo assim fomos os últimos a entrar no avião. Agora estou aqui com muito sono, porque tudo o que não fizemos nessa semna foi dormir muito, ao contrario, dormimos muito pouco, mas não me arrependo nem um pouco disso. E agora, que chegue o nosso Brasil. Foi bom enquanto durou, mas a saudade do Brasil também bateu forte e já estaremos lá, são apenas 9 horas de vôo. (haha)



“O caminho é só um, amigo, e você é quem traça.”

Fernando Peracini – A melhor viagem da minha vida.

Um comentário:

Falando de Educação disse...

Na frase do nosso jantr em Zorra y el Cuervo não poderia havaer outra de melhor cunho que está. Um dia que marcou nossa vida. Conhecer as netas do celébre Comandante1