sábado, 12 de setembro de 2009

Porre

Eu pareço um bêbado maltrapilho que só pensa em coisas banais. Pro alto é jogado os dinheiros e os serviços... Agora eu corro com o meu instinto e não quero preocupação. Entre uma prostituta e outra eu gozo e vou embora. Na minha casa, enterrado no sofá e cheio de latas de cervejas jogadas no chão e meio às baratas que levam minhas bitucas de cigarro para fora. A comida, vários pedaços de pizza de não sei quando e eu mal como. Só não me faltam a cerveja e o meu café. Os cigarros enrolados em papel dos piores livros que tenho em casa me trazem um conteúdo diferente. Já não uso meus chapéus, e cabelo... Cabelo eu nunca tive. Enquanto o mundo se mata em um comendo o outro literalmente pra crescer socialmente, puxando os tapetes e causando intrigas eu apenas me viro e reviro em casa e às noites eu me perco nos bares e cabarés atrás das mais safadas garotas da noite. Porque esse sou eu e o mundo que se foda. Eu vivo da minha maneira, enquanto você se estressa e é politicamente correto atrás de seus sonhos de consumo... Eu me mato em meio aos prazeres ilícitos da vida. Essa minha barba por fazer incomoda o mundo dos otários, mas a minha loura liquida não reclama de minha barba, bigode e língua. Usava aqueles óculos fundo de garrafa, mas hoje a minha miopia não me atrapalha, mesmo se tivesse com os óculos, meu mundo hoje é torto e embaralhado. No fim da linha o meu e o seu lugar serão o mesmo e dentro do caixão as minhas lembranças das noitadas me deixarão vivo por mais tempo e suas lembranças brutas como os carros e as casas serão de outras pessoas e nem seu cheiro mais o fará diferença. Não quero que você vire minha sombra, nem quero que siga essas minhas atitudes bestas... Mas se vieres me dar um sermão eu te largo falando sozinho e vou beber.

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