terça-feira, 28 de julho de 2009

"Lixeira Psicológica" - Infelizes Ligações

Chutei uma pedra hoje e vi que dói muito, mas fui feliz, ela rolou o tanto que eu queria e acordou o pássaro que estava no ninho em cima de uma arvore nua, tão nua que penas cobriam seus seios. Triste pássaro que vagou após o susto sozinho pelo ex-céu azul. Raios e trovões, de que vale asas se voltam sempre ao mesmo lugar? Ninho que habita ovos que quase sempre não vingam... se vingam. Minhocas e insetos comidos, galhos e garfos colhidos. Arvore nua que na noite escura assusta a criança na janela ao olhar os monstros chupadores de sangue que ali pousam, sem comprometimento, só descanso e paz. São menos sanguessugas do que aqueles que sugam nossa mísera grana suada e guardada para o futuro dos filhos. Grandes filhos-das-putas que atrapalham nossas labutas comendo... lagosta?!
Pobre criança que não sonha na maldade, tem medo da vaidade, mas é tão vaidoso quanto a um idoso que com seus cremes para o brilho dos cabelos tornam-se inúteis, talvez, para seus netos que precisam de histórias e não de vídeo-game.
Pobre pássaro que montou seu ninho em uma nua arvore. Vão derrubá-la e essa não é vitima do desmatamento, está é vitima do abandono. Descaso com o pássaro que ali cuidou para que seus filhos vingassem e não precisou guardar o dinheiro da labuta e sim guardar o amor para aquecer o fruto de seu ventre. Pequenos e tristes, já. Tão já que não chegam a quebrar as cascas sem serem quebrados pelos “cascas-duras”.
Maldito seja o morcego! Não. Não esse morcego animal. O morcego que suga nossos sonhos, mas está acima de nosso alcance. Maldito seja! Infeliz que sem um passo faz a zona em seu espaço e mesmo assim é impune perante a lei. Até que provem ao contrário que, diga-se de passagem: NUNCA.
Infelizes ligações entre animais e ANIMAIS. Saiba que você não é mais do que o garoto ali, na janela da sacada.

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